Mais de duas dezenas de pessoas “meteram a mão na massa” este fim-de-semana em Fresulfe, no concelho de Vinhais, para fazer cuscuz ou, como se diz em Trás-os-Montes, cusco. Uma actividade organizada pela associação TARABELO que pretende reavivar esta tradição transmontana.
Fazer cusco exige tempo, e paciência. Dependendo da quantidade de farinha utilizada, pode levar horas a fazer. Um facto que leva a que os participantes da oficina de cusco tenham dúvidas se vão fazer a receita em casa. “Não é fácil. É fácil quando se gosta mesmo de aprender e fazer com gosto. Aí torna-se fácil porque a paciência aumenta. Já estou a transpirar mas nada de desistir”, confessa Maria Cordeiro. “Eu tenho um bocado de dúvidas porque isto exige espaço para confeccionar e tempo. Pensar que vamos estar meia dúzia de horas de um mês ou dois é um bocado complicado. De qualquer modo a parte táctil do fabrico é muito interessante”, considera Franclim Pereira que veio de Braga de propósito para esta actividade.
A demora na confecção do cusco faz com que antigamente esta fosse uma tarefa essencialmente de inverno, quando os agricultores passavam mais tempo em casa. Depois de seco, o cusco era guardado e consumido ao longo do ano.
Agora Fernanda Afonso faz cusco mais vezes devido à colaboração com a TARABELO. Sara Riso, presidente desta associação explica como surgiu esta ideia. “A primeira edição da actividade surgiu um pouco do acaso, de termos tido a feliz coincidência de conhecer uma senhora como é a dona Fernanda, aqui de Fresulfe que já faz o cusco há muitos anos que teve a paciência de nos explicar todo o processo do cusco”, conta.
A reportagem sobre o cusco transmontano para ouvir hoje, aqui na Brigantia às 17 horas e ler na edição desta semana do Jornal NORDESTE.
Escrito por Brigantia
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