A história da chegada das cegonhas teve um final feliz e agora lá estão, no ninho altaneiro, os dois filhos e o pai. Tinha que partilhar convosco esta notícia para que fiquem contentes comigo e com as cegonhas, neste dia 26 de Junho.
Também faz hoje anos que uma outra cegonha metafísica que vem do princípio do mundo me trouxe, amorosamente, a minha Ana. Então o mundo parou e a obra da criação transcendeu-se na criação mais que perfeita. Depois nasceu o Nuno e de novo a cegonha pousou serenamente no beiral da minha vida. Então tudo ficou justo e perfeito.
Hoje tenho dois filhos como a cegonha e serenamente olho o mundo na plenitude duma existência onde o real e o sonho estão tão presentes como o ribeiro onde as cegonhas se espelham ao entardecer,
A minha Ana cresceu… aprendeu a curar os males do corpo e da alma e continua amorosamente a dar-me a mão para atravessar a rua da nossa existência onde sempre nos revemos na subtileza do alter-ego, na leveza da mesma sombra.
Minha menina, minha Ana Luísa pego-te no colo (desajeitado) eu sei… não te rias! Mas pego-te ao colo como no dia em que a cegonha chegou. E nas asas dos pássaros que andam perto do céu, vem comigo ao grande Templo do nosso amor agradecer esta dádiva infinda deste nosso encontro tão perene e definitivo. E que fica!
Tivemos tantas chegadas e partidas… mais alegrias do que tristezas… e a vida tem sido tão bonita… por isso hoje só te quero desejar uma longa vida…com a mesma felicidade que tem povoado o nosso encontro de pai e filha. Que vejas a Lara e a Joana crescer em idade e sabedoria e dar continuidade ao dom da vida.
.., e um dia, quando eu já cansado for descansar quero que saibas… que no voo sereno das cegonhas estarei sempre aqui.
Fernando Calado
Foto: Emídio Galvão
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