Ontem em Argozelo recordaram-se os tempos em que ser peleiro era a actividade dominante na vila. Para reavivar as tradições dos tempos de pais e avós, os habitantes do bairro de baixo reuniram-se num dia de festa.
Domingos Ferreira, da organização, explica que ser peleiro era uma tradição deste bairro da vila. “È uma tradição do nosso bairro. Os peleiros eram originários daqui”, salienta. O ponto alto da festa foi a exibição do filme documental sobre os habitantes de Argozelo, gravado na década de 70 quando o negócio dos peleiros atravessava a sua melhor fase.
Ao longo do dia realizaram-se jogos tradicionais e um almoço convívio. A tradição ligada aos curtumes foi recordada ainda numa peça de teatro.
Francisco Pimentel foi um desses peleiros. Recorda os tempos em que percorria o nordeste transmontano a vender pele. “Comprava peles e ia para todo o lado, para a Lombada, para Mogadouro, Miranda… Era assim o negócio”, conta.
Hoje poucos se dedicam à transacção das peles, mas sem se aventurar no demorado e trabalhoso processo de tratamento. Trata-se apenas de um complemento ao pouco trabalho e uma forma de manter viva aquela que foi uma das principais fontes de rendimento na então aldeia, agora vila.
Os curtumes vão continuar a ser recordados uma vez por ano no bairro de baixo de Argozelo.
Escrito por Brigantia
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