Milhares de pessoas na bênção do novo Santuário de Santo Antão da Barca

Milhares de pessoas assistiram à bênção do novo recinto do Santuário de Santo Antão da Barca, este sábado, em Parada, Alfândega da Fé. Esta foi a primeira festa em honra do santo após a deslocalização da capela cerca de um quilómetro, devido à construção da Barragem do Baixo Sabor.
O novo espaço é constituído pela capela original, do século XVIII e outros edifícios construídos no âmbito do novo projecto, nomeadamente uma hospedaria, um bar e restaurante e um espaço museológico e administrativo. 
O espaço foi benzido pelo bispo da diocese Bragança-Miranda, que é natural da freguesia de Parada, conhecendo bem este local. D. José Cordeiro não tem dúvidas que esta foi uma mudança para melhor, destacando as descobertas que foram feitas durante a transladação do santuário, nomeadamente ao nível da pintura e escultura e que enriquecem este lugar de culto. “Muitas vezes a mudança é tida como uma perda mas neste caso podemos dizer que um ganho. Ganhamos em cultura. 
Foi possível graças à cooperação entre várias instituições encontrar vários tesouros escondidos no que se refere à pintura, à escultura… E estamos todos muito expectantes pelo resultado final da investigação”, salienta o bispo diocesano. 
Já a presidente da Câmara Municipal de Alfândega da Fé, Berta Nunes, acredita que a nova localização do santuário, no cimo de uma colina e com enquadramento que terá com a barragem do baixo sabor irá beneficiar o turismo do concelho. “Junto a este santuário vamos ter uma praia fluvial e um ancoradouro que vai ficar junto ao lago. 
Na Associação de Municípios do baixo Sabor temos já um plano estratégico e uma marca associada aos lagos do Sabor. Vamos ter três lagos nesta albufeira com alguns alojamentos flutuantes. Todo esse plano está a ser afinado para podermos aproveitar as potencialidades de turismo náutico e de natureza que este local e toda a albufeira vai oferecer ao nosso concelho”, revela a autarca. 
O projecto de deslocalização do santuário demorou cerca de quatro anos a ser executado e representou um investimento global de 4 milhões de euros, suportado pela EDP. Até ao final do ano prevê-se que o local onde se localizava o santuário já esteja submerso. 
Este é o tema de uma reportagem que pode ouvir hoje na Brigantia, no noticiário das 17 horas e que pode ler na edição desta semana do Jornal Nordeste. 

Escrito por Brigantia