A ministra disse que a estratégia nacional tem a ver com a procura de novos mercados:
“A diversificação de mercados, a abertura consistente de mais mercados e o apoio às empresas para poderem começar a trabalhar com outros mercados. isso é, o nosso trabalho diário no ministério da agricultura.
Ainda esta semana tivemos o fecho de negociações com Marrocos que nos permitiram abrir o mercado marroquino a uma série de produtos portugueses. Isso é extraordinariamente relevante.
Falo de Marrocos, mas também posso falar do Chile ou há poucas semanas do Kuwait para mostrar que há uma grande diversificação de mercados e tem sido um empenho deste governo e do ministério, em poder sistematicamente ter missões a políticas e técnicas para poder abrir alternativas para os produtores nacionais.”
O embargo russo a alguns produtos europeus afeta nomeadamente o mercado frutícola português, mas, no caso da maçã de Carrazeda de Ansiães, José Bernardo, um dos maiores produtores do concelho, diz que há outros mercados alternativos:
“Neste momento o mercado está saturado de maçãs e pêras.
A questão da Rússia é um problema que está a acontecer, mas está a virar-se para outros mercados.
Em Angola está-se a vender alguma coisa, para Espanha também e este ano há muita qualidade para as maçãs poderem ir para Espanha. Provavelmente ainda poderá ser aberta a porta dos EUA e do Canadá.
Portanto vamos ver o que é que o resto do valor nos vai dizer mas neste momento sim há encharcamento de fruta nos mercados a preços muito baixos, isso acontece neste momento mas acho que temos que esperar um bocadinho pelo janeiro e pelo próximo ano para se começar a vender maçãs.”
Recordo que a Comissão Parlamentar de Agricultura aprovou na terça-feira um requerimento do PS que solicita uma audição urgente da ministra para saber qual o impacto do embargo da Rússia às exportações europeias na agricultura e agro-indústria portuguesa.
Informação CIR (Rádio Ansiães)
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