quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

É onze vezes mais caro um trabalhador de uma barragem do que um trabalhador no Turismo Rural no Vale do Tua, afirma João Joanaz de Melo

Criar um emprego na área do Turismo Rural no Vale do Tua é onze vezes mais barato do que criar um posto de trabalho numa barragem.

A afirmação é de João Joanaz de Melo, dirigente da GEOTA e Diretor Técnico da Plataforma Salvar o Tua, que defende que é necessário investir na eficiência energética.

João Joanaz de Melo acrescenta que há barragens que podem ser reforçadas, dispensando-se assim a construção de novas infraestruturas.

E há outras alternativas à construção de barragens, acredita João Joanaz de Melo.

Hoje é votada no Parlamento a petição “Manifesto pelo Vale do Tua”, às três da tarde. A petição pede a suspensão imediata das obras da Barragem de Foz Tua, a revogação da Portaria que atribui às empresas de energia um subsídio de 300 mil euros e a reabertura do processo de classificação da Linha do Tua como Monumento de Interessa Nacional.

João Joanaz de Melo pensa que já há mudança nas mentalidades, e que os movimentos pela Linha do Tua e pelo Vale do Tua estão cada vez mais vivos, com o apoio da população e de associações locais e empresários vitivinícolas e do Turismo.

A construção da barragem do Tua encontra-se no chamado pico da obra com mil trabalhadores e 60% dos trabalhos executados.

A concessionária EDP disse à Agência Lusa que “o enchimento da albufeira e entrada em serviço está previsto para 2016”.

O empreendimento faz parte do Plano Nacional de Barragens e começou a ser construído em fevereiro de 2011 com um investimento previsto de 305 milhões de euros.

Desde que foi anunciada que tem sido alvo de polémica com partidos e movimentos a pedirem a suspensão do projeto, uma reivindicação que será reiterada, esta quinta-feira, na Assembleia da República com o debate de três iniciativas: uma petição da Plataforma Salvar o Tua, um projeto de lei do Bloco de Esquerda (BE) e um projeto de resolução do Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV).

Na base da contestação estão os impactos no património natural do rio transmontano, no Alto Douro Vinhateiro, Património da Humanidade, e a submersão de parte da linha do Tua.

Informação CIR (Rádio Onda Livre e Rádio Ansiães)

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