O Agrupamento de Escolas Miguel Torga, em Bragança, está a desenvolver programas para incentivar os alunos a ler.
As tecnologias têm vindo a roubar espaço aos livros e o grande desafio da escola é contrariar esta tendência. Uma das iniciativas é levar os escritores à escola. Foi o que aconteceu ontem com a visita da escritora Cristina Torrão.
A professora bibliotecária da Escola Miguel Torga, Cecília Falcão, não tem dúvidas que a presença de escritores na escola incentiva os alunos a pegar nos livros. “É um desafio muito difícil. Ultimamente os ecrãs roubam espaço ao papel, mas nós achamos que o que interessa é ler, seja em que suporte for, insistimos sobre a leitura literária e por isso gostamos de trazer os escritores e acho que há um incentivo visível”, salienta a professora. Os estudantes que participaram na sessão com a escritora Cristina Torrão confessam que as novas tecnologias são mais atractivas para os jovens do que os livros. Ainda assim, é na escola que encontram motivação para ler. “Prefiro muito mais o computador aos livros, eu prefiro séries, televisão, mas continuo a gostar de ler, todas as noites leio, desligo sempre o computador a essa hora e leio sempre antes de ir dormir”, confessa Ana Carolina Rodrigues, do 10.º ano.
A escritora Cristina Torrão vive na Alemanha, mas tem raízes transmontanas. Ontem apresentou aos estudantes o seu mais recente romance histórico “Os Segredos de Jacinta”. A escritora acredita que as suas obras podem ajudar os alunos a aprender História de forma mais divertida. “Eu espero que a partir dos livros, essa é uma intenção, lhes desperte mais o interesse, porque realmente muitos alunos vão para uma aula de História com a ideia de que é uma aula chata, porque não é tão interessante falar dos tempos passados, tanta coisa para decorar, e assim vejam que pode ser interessante falar sobre o que aconteceu, porque pode ajudar a entender o presente e a preparar o futuro”, salienta a escritora.
O Agrupamento de Escolas Miguel Torga a incentivar os alunos a ler, numa altura em que os jovens são cada vez mais aliciados pelas tecnologias e põem os livros de parte.
Escrito por Brigantia
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