No passado dia 28 de Fevereiro teve lugar na Biblioteca Municipal de Torre de Moncorvo a apresentação dos livros “O Recolhimento de Santo António do Sacramento de Torre de Moncorvo (1661- 1814) – Clausura e Destinos Femininos” de Adília Fernandes e da separata “ O Retábulo Flamengo da Parentela de Santa Ana, na Igreja Matriz de Torre de Moncorvo” de Adriano Vasco Rodrigues.
O Presidente da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, Nuno Gonçalves, proferiu algumas palavras de agradecimento aos dois autores que escrevem sobre o concelho e informou que a Câmara Municipal de Torre de Moncorvo deliberou conceder o nome da Professora Maria da Assunção Carqueja e do Professor Adriano Vasco Rodrigues a mais um espaço cultural que será o futuro Centro de Estudos Judaicos, na antiga sinagoga.
Após a intervenção de Jorge Fragoso, da editora Palimage, tomou a palavra o Professor Adriano Vasco Rodrigues que falou sobre a separata “O Retábulo Flamengo da Parentela de Santa Ana, na Igreja Matriz de Torre de Moncorvo”. Salientou que este estudo permitiu classificar este retábulo como flamengo, determinou a sua proveniência da oficina de Antuérpia e datação de 1500/1510. Este retábulo “é uma peça valiosíssima do ponto de vista artístico e monetário”. “É um exemplar muito limitado no número, pois a maior parte dos retábulos de origem flamenga foram destruídos pela religião”, explicou o autor.
Ouça as declarações na peça de áudio relativa à apresentação dos livros sobre o Recolhimento de Santo António do Sacramento e o Retábulo Flamengo de Santa Ana
Seguiu-se a intervenção de Adília Fernandes que falou sobre a história do Recolhimento de Santo António do Sacramento, desde a sua fundação, o seu funcionamento até ao seu encerramento e passagem do edifício para particulares.
Referiu que “o recolhimento foi um lugar alternativo para as mulheres que podiam ser elementos sociais preocupantes, para as que desejavam seguir a devoção ou para aquelas que numa situação de fragilidade procuravam proteger-se. “A pobreza informava a maior parte das solicitações de admissão, do mesmo modo algumas se destacavam pela sua pertença à nobreza. Em 1707 era ocupado por 23 mulheres, em 1796 por 15.”
A obra surgiu de um estudo feito pela investigadora com fontes do Arquivo Distrital de Bragança e do Arquivo Municipal de Torre de Moncorvo, sendo que os documentos pertencentes a este último fazem parte de uma exposição documental que está patente na Biblioteca Municipal.
Nota de Imprensa da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo (Luciana Raimundo)
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