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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 30 de março de 2015

Cânticos da Quaresma - Terra de Miranda

A profunda religiosidade das gentes da Terra de Miranda assume expressão particularmente intensa em termos de vivência espiritual colectivamente assumida na Quaresma, quando se celebra a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo. 
O período da Semana Santa é um tempo de dor e de sofrimento mas também de fé e de esperança numa vida eterna liberta das dores terrenas, que se manifesta através de procissões carregadas de significado e de orações adequadas ao sofrimento e à redenção. Neste contexto de crença assumem especial significado os cantos e as orações associadas às várias práticas rituais e cultuais da Quaresma: são os cantares das almas ou encomendações das almas, são os martírios propiciadores da requerida reflexão sobre a vida terrena, são as toadas de misericórdia que se fazem ouvir nas procissões, entre outros, que dão eco colectivo de um sentimento colectivo de intensamente partilhada vivência. Orações e cantos para fazerem emergir das trevas da morte a força da luz redentora da ressurreição para a vida eterna.
As “orações das almas” participam do culto dos mortos e, nesta medida, podem ser assimiladas às Encomendações das Almas, – afirmou Michel Giacometti nos textos que acompanharam as edições das suas recolhas por todo o País – com a reserva de que estas não incluem qualquer forma de peditório no cerimonial, fortemente caracterizado, como lhe conhecemos. Ambas as cerimónias, visando a salvaguarda das almas do Purgatório, procedem do ensinamento da Igreja, para quem a oração dos mortos constitui um acto de piedade e de caridade, testemunhado no Antigo Testamento e na prática da sinagoga judaica. Foi Santo Odilon, abade de Cluny, que estabeleceu para sua Ordem uma comemoração geral de todos os fiéis defuntos, rapidamente adoptada e divulgada entre vários povos cristãos. Observe-se, por fim, que enquanto a “Encomendação das Almas” é um costume que pode considerar-se estritamente português, a “Oração das Almas”, a cujas origens aludimos, tomou feições particularizadas nos países de adopção.

Reportório
01. Encomendação das Almas (Águas Vivas)
02. Cantar das Almas – Fragmento (Aldeia Nova)    
03. As Almas (Duas Igrejas)
04. Acordai, Irmãos Meus (Algoso)
05. Canto às Almas (Palaçoulo)
06. As Almas Santas – Fragmento (Malhadas)
07. Duas Tábuas de Moisés (Duas Igrejas)
08. Misericórdia (Sendim)
09. Naquele Altar (Águas Vivas)
10. Misericórdia (Malhadas)
11. Bendito e Louvado Seja (Duas Igrejas)
12. Domino Jesus Cristo (Águas Vivas)
13. Compadecei-vos de Nós, ó Deus (Duas Igrejas

Ano: Edição em 2008, Gravações realizadas entre 2001 e 2005 em vários locais

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