Os acionistas da EDP poderão ser lesados em 700 milhões de euros com a construção da Barragem de Foz Tua.
Contas apresentadas por João Joanaz de Melo, presidente do GEOTA (Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente) e Coordenador Técnico da Plataforma Salvar o Tua, que considera que, ainda que já esteja muito dinheiro investido na construção da barragem, a conclusão da obra pode ser muito mais danosa, também a nível financeiro.
João Joanaz de Melo fala de “falta de coragem” para assumir que se tomaram más decisões em Foz Tua. Acrescenta ainda que para parar a construção da barragem seria necessária uma opinião pública forte, dando até como exemplo a recente onda de revolta em torno da destruição da uma cidade neolítica no Iraque.
João Joanaz de Melo avança que, no sentido de mobilizar a opinião pública, vão lançar o repto ao cidadão individual que envie cartas à UNESCO, onde expresse indignação quanto à construção da Barragem de Foz Tua.
Contatada, a EDP diz em comunicado que “não comenta as declarações, sublinhando no entanto que a UNESCO declarou o projeto compatível com a classificação do Douro Vinhateiro como Património da Humanidade, não estando sequer na lista da UNESCO do património em risco. A Barragem de Foz Tua tem ainda associados inúmeros projetos importantes para o desenvolvimento da região como é o caso do já criado Parque Natural Regional, do Plano de Mobilidade Turística, em fase de elaboração, de um programa de empreendedorismo orçamentado em 1M€ e ainda de um fundo financiado com 3% da receita líquida anual gerada pela hidroelétrica”.
A Barragem de Foz Tua deve entrar em funcionamento em 2016, e representa um investimento de 370M€ de euros.
Escrito por ONDA LIVRE
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