A Doença da Vespa do Castanheiro, recentemente detectada na região de Trás-os-Montes, já afectou mais área do que o inicialmente previsto.
Descoberta no final de Abril no concelho de Valpaços e após realizadas prospecções mais minuciosas sobre a incidência desta praga, constatou-se que a Vespa do Castanheiro já também fez estragos em outros concelhos como Bragança, Macedo de Cavaleiros ou em Lamego, na margem sul do rio Douro.
"Foi uma má surpresa. A área da expansão da vespa é maior do que aquilo que pensávamos e surpreendentemente já se encontraram focos bastante desenvolvidos não só em castanheiros jovens, mas também em castanheiros adultos", afirmou à agência Lusa José Gomes Laranjo, presidente da RefCast e investigador da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).
Apesar de terem sido desencadeadas estratégias orquestradas com juntas de freguesia, autarquias, produtores, instituições de ensino superior e a Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte para combater a doença, a tarefa não está a ser fácil devido à forma como o insecto deposita e aloja os ovos nos gomos dos castanheiros.
Só quando formados os novos ramos é que se percebem as deformações e inchaços nas folhas. Depois de infectados os ramos não conseguem dar mais fruto e os prejuízos repercutem-se nas quebras de produção que poderão atingir, em casos mais extremos, os 80%. Agora a luta será desencadeada sem tréguas, de forma a combater uma doença que poderá colocar em risco uma das mais importantes produções agrícolas da região transmontana.
Após terem sido mapeadas todas as áreas infestadas, a luta contra esta praga será posteriomente travada com recurso a técnicas naturais, largando no ambiente insectos parasitóides que se alimentam das larvas da vespa do castanheiro que estão alojadas nas árvores. Esta forma biológica de combater a doença não permite que as larvas se desenvolvam e causem atrofiamentos no processo de desenvolvimento vegetal que ocorre durante a Primavera.
Em declarações à Agência Lusa José Gomes Laranjo alertou para as tentativas que se têm verificado de venda deste parasita aos agricultores, aconselhando-os a terem a certeza do que estão a comprar e evitar burlas.
È bom saber que em Trás-os-Montes esta doença está a ser combatida de forma biológica e não com agrotóxicos.
ResponderEliminarEntre outros insectos as joaninhas são as maiores aliadas dos agricultores.
A natureza tem tudo o que é necessário para controlar as pragas.