Bragança deverá voltar a ter avião já no próximo mês de Julho. Hoje termina o prazo de entrega das propostas para a concessão da ligação aérea entre Bragança, Vila Real, Viseu, Tires e Portimão e há, pelo menos quatro empresas interessadas.
A novidade foi avançada à Rádio Brigantia pelo presidente do Município de Bragança, Hernâni Dias, que explica que depois de terminado o concurso a ligação aérea fica pendente de um visto do Tribunal de Contas. “Houve quatro empresas que levantaram o caderno de encargos, o que não significa que todas elas apresentem propostas. Prevê-se que a ligação aérea possa estar em funcionamento no dia 1 de Julho.
Como este concurso precisa do visto do Tribunal de Contas, se houver algum atraso nesse visto, no máximo no dia 1 de Agosto, a ligação aérea deverá estar reposta”, avança o autarca.
Prevê-se a realização de 2 viagens em cada sentido, no Verão, e uma no Inverno. Para receber o avião, o Município teve de fazer alguns investimentos no aeródromo, respondendo assim às exigências da Autoridade Nacional de Avião Civil. Para garantir esta ligação aérea, o Município terá de gastar mais cerca de 80 mil euros por ano com recursos humanos, do que na ligação aérea anterior. O Município investiu já mais de 10 mil euros na formação dos funcionários que vão garantir as descolagens e aterragens. Para esta nova ligação aérea foram criados 5 postos de trabalho, estando nesta altura cerca de 10 pessoas a trabalhar no aeródromo de Bragança.
Hernâni Dias acredita que, a curto prazo, o aeródromo pode vir a transformar-se num aeroporto regional. “Acredito que a nossa estrutura aeroportuária tem condições para poder vir a evoluir para aeroporto regional e ser uma alternativa ao Aeroporto Sá Carneiro. Bragança tem uma posição muito privilegiada a esse nível, quer pela sua localização geográfica, quer pelo facto de ter uma infra-estrutura bem apetrechada, o que garante que essa evolução possa ser feita no curto prazo”, frisa o autarca.
A ligação aérea entre Bragança, Vila Real, Viseu, Tires e Portimão é vista com bons olhos pelo autarca mas Hernâni Dias admite que esta poderá não ser a solução mais vantajosa para a região. “Mantenho a opinião de que a ligação aérea é positiva mas não é a ligação que eu gostaria que fosse implementada. Esta não era a solução que eu defendia e estou expectante para ver como é que as pessoas vão aderir e como funcionará no futuro”, sublinha.
Bragança está sem ligação aérea a Lisboa desde Novembro de 2012. Em Dezembro de 2014, o Conselho de Ministros aprovou uma despesa máxima de 7,8 milhões de euros para a concessão da nova rota. Já em Janeiro, o Estado revelou numa rectificação que apenas poderá pagar, em 2015, no máximo, 650 mil euros à transportadora aérea que ganhar a concessão. O valor restante será pago em três prestações, cerca de 2,6 milhões de euros no próximo ano, o mesmo em 2017 e em 2018, o montante máximo consignado no diploma é de 1,95 milhões de euros.
Os interessados na concessão têm até ao dia de hoje para apresentarem as suas propostas.
Escrito por Brigantia
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