O principal entrave ao desenvolvimento de políticas ambientais são os próprios municípios. A Afirmação é de Mário Oliveira, presidente da Oikos, Associação de defesa do Ambiente e do Património da Região de Leiria, que esteve ontem no 7º Encontro de Educação Ambiental do Instituto Politécnico de Bragança.
O ambientalista dá como exemplo a forma como a maior parte das autarquias poda as árvores dos espaços públicos. “Há um caso flagrante e básico da poda das árvores urbanas. Nós atravessamos o país e vemos um património natural urbano completamente destroçado, vandalizado por um tipo de podas que se institucionalizou em nome da economia porque lhes poupa dinheiro, que é podar as árvores com uma motosserra.
O que estamos a fazer é destruir aquilo que é do povo porque as árvores são património da comunidade em que se inserem. Algumas recuperam mas, na verdade criam-se condições a curto prazo tenham que ser abatidas porque vão apresentar uma série de enfermidades”, considera o ambientalista.
Mário Oliveira critica ainda a forma como os Municípios gerem os Planos Directores Municipais. “Os licenciamentos e as revisões dos PDM que algumas autarquias estão a fazer legalizando o que estava ilegal, são uma forma simpática de varrer para debaixo do tapete aquilo que foram as suas incompetências, convidando o munícipe a que volte a falhar”, acrescenta Mário Oliveira.
Declarações à margem do 7º Encontro de Boas práticas ambientais que terminou ontem e durante dois dias reuniu especialistas nacionais e internacionais na área do ambiente, no Instituto Politécnico de Bragança.
Escrito por Brigantia
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