Autarquia decidiu juntar os cerca de 550 alunos que frequentam os estabelecimentos da vila, do pré-escolar ao secundário, num novo edifício.
A Câmara de Vinhais, no distrito de Bragança, vai juntar a maioria dos alunos do concelho, de vários níveis de ensino, num centro escolar e resolver com três milhões de euros os problemas da degradação dos actuais estabelecimentos. Esta "é uma solução mais barata do que recuperar os dois edifícios existentes", justifica o presidente da câmara, Américo Pereira, numa nota de imprensa.
Os alunos deste município transmontano têm aulas em instalações com mais de 30 anos "degradadas, desajustadas das novas exigências" e que motivaram, no último Inverno, uma manifestação dos estudantes da secundária local.
A autarquia decidiu juntar os cerca de 550 alunos que frequentam os estabelecimentos da vila, do pré-escolar ao secundário, num novo edifício a construir de raiz. A obra tem já uma verba de três milhões de euros assegurada no Pacto de Coesão Social e Territorial assinado recentemente entre a Comunidade Intermunicipal (CIM) de Terras de Trás-os-Montes e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte. De fora desta solução ficarão cerca de 90 estudantes que frequentam os pólos ainda existentes em algumas aldeias do concelho.
O novo centro escolar será pago, segundo a autarquia, com fundos comunitários do Norte 2020 em pelo menos 80% a fundo perdido e os restantes 20% pela câmara e pelo Estado.
O município lembra que as instalações onde funciona o agrupamento de escolas D. Afonso III, que inclui os 2º e 3º ciclos e o secundário, têm mais de 30 anos . "Não têm aquecimento, não respeitam as regras de eficiência energética, a cobertura mete água, a própria construção nunca foi adequada uma vez que se desenvolve em vários patamares e o gimnodesportivo está constantemente a ser objecto de obras de remendo e constitui hoje um verdadeiro perigo para os alunos que ali praticam desporto e têm aulas de educação física", descreve a autarquia.
As instalações onde actualmente funciona o primeiro ciclo têm mais de 35 anos e "estão no mesmo estado", acrescenta.
O presidente da câmara vinca ainda que "a localização dos estabelecimentos de ensino em Vinhais não foi bem planeada e não privilegia a mobilidade dos alunos e demais comunidade escolar por se encontrarem fora da chamada zona central da vila e muito distantes uns dos outros".
"Há muitos anos reclamamos que a situação deve ser corrigida para que num único equipamento se possam englobar todos os níveis de ensino, adaptado às novas exigências, proporcional ao número de alunos e localizado bem no centro da vila, podendo assim tirar mais-valia dos restantes equipamentos instalados", acrescenta, na nota divulgada à imprensa.
A obra está inserida no pacote de 15 milhões de euros para intervenções ou construção de raiz de equipamentos escolares na área dos nove municípios que constituem a CIM Terras de Trás-os-Montes. Desta verba, 5,5 milhões vão para o parque escolar de Mirandela e contemplam a reabilitação de outra das escolas mais degradadas do distrito de Bragança, a secundária local.
São ainda contemplados Macedo de Cavaleiros com 1,8 milhões de euros, Alfândega da Fé e Vila Flor com 1,5 milhões cada, e Miranda do Douro com 1,2.
Agência Lusa
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