Começou hoje a ser julgado um antigo juiz presidente do Tribunal Administrativo e Fiscal de Mirandela, acusado de adulterar processos.
O arguido está a responder por um crime de falsidade informática na forma continuada, três crimes de abuso de poder e ainda um crime de violência doméstica.
O acusado pediu hoje para ser julgado à porta fechada, o que o colectivo de juízes recusou.
O homem de 49 anos optou por prestar declarações ao tribunal nesta primeira audiência.
Sobre o antigo juiz recaem suspeitas de adulteração informática do estado de 59 processos electrónicos no SITAF, o Sistema de Informação dos Tribunais Administrativos e Fiscais, passando-os para concluídos, quando ainda não havia sentença. De acordo com a acusação, o magistrado tinha como objectivo viciar estatísticas e aumentar artificialmente a sua produtividade.
O antigo juiz presidente do TAFT de Mirandela foi suspenso pelo Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais em 2012, na sequência de um processo disciplinar. O mesmo órgão aplicou-lhe pena de demissão, em Janeiro de 2013, decisão da qual o arguido recorreu junto do Supremo Tribunal Administrativo, encontrando-se ainda a aguardar decisão.
Informação CIR (Rádio Brigantia)

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