quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Filandorra junta actores profissionais e amadores numa alegoria ao Monte-Mel

A convite da Câmara Municipal de Alfândega da Fé, município que integra a Rede de Comunidades de Acolhimento e Residências Artísticas, a Filandorra – Teatro do Nordeste está a preparar em cúmulo artístico as actividades cénico-performativas que vão integrar o cartaz cultural da II edição da Festa da Montanha, a realizar entre os dias 20 e 22 de Novembro na freguesia de Sambade, com duas performances distintas mas ambas ligadas aos usos, tradições e potencialidades da montanha.

Assim, e na sessão de inauguração a 21 de Novembro do Centro de Interpretação do Território e do Centro Cultural Tecnológico em Sambade, a Filandorra apresenta a Alegoria ao Monte Mel: do nascimento até à eternidade, uma performance de rua que conta com a participação dos cinquenta elementos que compõem o Grupo de Teatro de Alfândega da Fé – TAFÉ, e que pretende rememorar a importância para as populações locais da Serra de Bornes, também conhecida por Monte-Mel. A partir de uma construção/visão cénica de forte componente ambiental, esta performance espelha o “nascimento” da montanha, da sua fauna e flora, com recurso à dramatização e a efeitos de fogo pelo Grupo Animamos.

No mesmo dia, mas pelas 22h00, os visitantes da Festa da Montanha poderão assistir a extractos da peça Contas Nordestinas – O diabo veio ao enterro de A.M. Pires Cabral, autor transmontano natural de Chacim, uma das aldeias do sopé da Serra de Bornes. A Companhia revisita três contas (modo rural nordestino de dizer contos, histórias) que retractam memórias e usos da vida da montanha: “A Cardadeira Portuguesa”, “A filha do Moleiro” e “As Bruxas”. O conto de abertura do espectáculo teve em conta o facto da aldeia de Sambade ser outrora conhecida como a “Terra dos Cardadores”, pois muitos dos seus habitantes praticavam este ofício.

A participação da Filandorra – Teatro do Nordeste na Festa da Montanha vem uma vez mais reforçar a aposta da Câmara Municipal de Alfândega da Fé na animação e formação teatral através do Protocolo de Cooperação que mantém com a Companhia e que nos últimos anos permitiu receber naquele concelho duas grandes estreias nacionais, como À Manhã de José Luís Peixoto, e A Lenda dos Cavaleiros das Esporas Douradas que contou com a envolvência da comunidade, e simultaneamente a criação da Escola Municipal de Teatro de onde emergiu o Grupo de Teatro de Alfândega da Fé – TAFÉ, sob a orientação pedagógica e artística da Filandorra.

in:noticiasdonordeste.pt

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