O Museu Nacional de Arqueologia, em Lisboa, acolhe na quinta-feira a apresentação dos primeiros quatro livros da coleção 'Rituais com Máscaras em Portugal', envolvendo 11 municípios e que incidem sobre uma faceta mais científica destes rituais de inverno.
Estes primeiros volumes são dedicados a Lamego, Mira, Miranda do Douro e Mogadouro.
As edições são em português e inglês, mas o de Miranda do Douro inclui também o idioma mirandês.
A coletânea é resultado de "um intenso trabalho" de recolha e pesquisa e os primeiros quatro a volumes são da autoria de Amândio de Castro Lourenço e Elisa Martins Alves (Lamego), Elisa Martins Alves (Mira), Antero Neto (Mogadouro) e Alfredo Cameirão e Mário Correia (Miranda do Douro).
Em declarações à agência Lusa, Hélder Ferreira, da Progestur, entidade responsável pela coleção, disse que há bastante trabalho sobre a máscara na vertente antropológica e etnográfica, mas pouco sobre a intensidade como a mascara é hoje vivida.
"Agora vamos trabalhar os rituais da máscara de uma forma mais científica e mais académica, retratando a importância que as festas dos mascarados têm nas suas comunidades", explicou o também investigador da máscara ibérica.
Os Caretos de Podence (município de Macedo de Cavaleiros), os Cardadores de Ílhavo, a Bugiada (município de Valongo) ou os Caretos, Máscaros e Diabos de Vinhais, ou Cavalhadas da Ribeira Grande, em São Miguel, nos Açores são algumas tradições a abordar na coleção dos "Rituais com Máscaras em Portugal".
No decurso do evento de quinta-feira no Museu Nacional de Arqueologia será ainda apresentada a Rota das Máscaras, fruto de uma parceira entre a Progestur e a Fundação Inatel, que se traduz "numa oferta turístico-cultural", dando a conhecer não só as festas, "mas também a gastronomia, património cultural material e imaterial e paisagens, entre muitas outras atrações dos municípios envolvidos".
Nas suas declarações, Hélder Ferreira assinalou ainda outras iniciativas para colocar a máscara no centro das atenções, como o Festival da Mascara Ibérica, que anualmente se realiza na Baixa de Lisboa, que tem sido uma forma importante de dar a conhecer estes rituais tão ancestrais.
Agência Lusa
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