António Tiza espera que o mesmo possa ser feito em Portugal. "Não podemos pretender que a UNESCO ,que é uma organização internacional, reconheça as nossas festas ou rituais de máscaras, sem que antes, o nosso próprio país, o nosso próprio estado, o tenha reconhecido ", disse.
O presidente da Academia Ibérica da Máscara. O investigador tem alertado os Municípios e a própria Direcção Regional de Cultura do Norte para a importância de agilizar o processo de registo destas tradições mas lamenta que ainda se tenha feito pouco nesse sentido. "As Câmaras também ainda não avançaram , inclusivamente fui conversando com o Director Geral da Cultura ,mas estas coisas não andam. E quem sou eu ? sou apenas o Presidente da Direcção de uma Associação que não tem meios , não tem recursos e não pode dar ordens a uma câmara" referiu António Tiza.
António Tiza sublinha ainda a importância das várias entidades se sentarem à mesa para discutir aquilo que se vai candidatar à UNESCO. "É necessário perceber se avança cada câmara ,ou se se avança em conjunto, o que me parece complicado ou pior ainda, se cada uma das festividades avança sozinha, como foi o caso de Podence", argumentou o presidente.
O presidente da Academia Ibérica da Máscara frisa que cada tradição tem especificidades diferentes e não é possível uniformizar estas festas, à semelhança daquilo que acontece, por exemplo com o cante alentejano. "O cante Alentejano tem as mesmas características em todas as localidades onde ele existe. O mesmo não podemos dizer com a festa dos rapazes , mas a verdade é que numa terra faz-se de uma maneira, mas na terra ao lado a festa do rapazes ou do Santo Estevão já é outra e por ai fora " afirmou o responsável.
As tradições associadas aos rituais de Inverno, relacionadas com máscaras, concentram-se na quadra natalícia e no Carnaval.
Escrito por Brigantia
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