Rústico e fácil de criar (cria-se facilmente ao ar livre),alimenta-se praticamente de tudo, o que dá á sua carne uma textura única .
Riqueza de todas as classes rurais, tudo se aproveita no porco. O seu consumo é variado, desde o fresco, salgado e fumado.
Quanto aos fumados apresentam-se de múltiplas formas ,o salpicão a chouriça,a alheira e o presunto para só citar algumas.
Quanto ás alheiras,criação segundo alguns para proteger muitos dos judeus acolhidos por cá, levam na sua feitura (pão seco,carne da cabeça do porco e galinha) e têm tantos nomes como os produtos introduzidos na sua feitura,na Lombada-Bragança também se chamam de tabafeias,enquanto noutros lugares dão pelo nome de azedos ,chouriço de pão ou palaio porque enchidas em tripa diversa.
Por sua vez o salpicão é feito com os lombos de porco que têm variado tempo de maturação na adoba, zona de Bragança cerca de três dias e leva alho,pimento,água ou vinho,ou as duas coisas e sal q.b., surça no planalto mirandês ou de vinha de alhos, na região do alto e baixo Douro.
Continuando com as partes nobres do porco é altura de falar das chouriças que têm normalmente menos tempo de adoba,a carne é cortada em pequenos pedaços e conforme as zonas são chamadas também de linguiças essencialmente para degustar assadas.
Por último com as chamadas partes menos nobres do porco,ainda se fazem as sanguinheiras conforme a tia Celeste de Valverde-Valpaços (levam pão,sangue e as carnes gordas do sangradoiro,cebola e abóbora); as sangueiras que segundo o tio Morais de vila nova de Monforte-Chaves levam (sangue,pão e carnes) e os chouriços verdes e mestrilhas assim conhecidas por terras da Lombada. Aqui ainda cabem os enchidos doces por levarem na sua composição açúcar ou mel, água das carnes,sangue e pão.
Finalmente temos o aproveitamento dos ossos,no butelo,bulho e piriquito conforme o tio Cassiano de Carviçais –Moncorvo.
in:jornalnordeste.com
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