terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Comunicações móveis ainda não são para todos os habitantes do nordeste transmontano

Em pleno século XXI ainda há quem ande à procura de rede para efectuar uma chamada através de um telemóvel no nordeste transmontano. Por exemplo, em Portela, em pleno Parque Natural de Montesinho, a pouco mais de 10 quilómetros da capital de distrito, efectuar uma chamada através de um telemóvel é um verdadeiro exercício de paciência.
Os habitantes procuram pontos com maior cobertura, até conseguirem fazer uma chamada. 
Manuel Afonso, de 74 anos, conta o percurso que tem de fazer para tentar efectuar chamadas. “Dentro de casa estou incontactável. Não tenho telefone fixo e, com o telemóvel, tenho de sair para a rua e ir andando pela aldeia, à procura de rede”, confessa o habitante desta aldeia da freguesia de Gondesende. 
Se, por um lado a falta de rede causa constrangimentos, por outro, há várias zonas do distrito em que a rede de operadoras espanholas se sobrepõe à das portuguesas, o que encarece as comunicações. 
É o que acontece, por exemplo, em Peredo de Bemposta e São Martinho do Peso, no concelho de Mogadouro. 
A rede é muito fraca e a espanhola sobrepõe-se às portuguesas, porque a aldeia fica muito perto de Espanha. Este é um meio muito pequeno, não há muita gente, e por isso as operadoras não se interessam pelo caso, acho eu”, refere Américo Amaro, de Peredo de Bemposta. 
Já Fernando Rodrigues, de São Martinho do Peso, acrescenta que “quando querem falar ao telemóvel as pessoas, deslocam-se um bocadinho para fora da aldeia, mas gostavam de falar em casa”.
Os constrangimentos causados pela cobertura de rede móvel deficitária em algumas zonas do nordeste transmontano é o tema de uma reportagem que pode ler no Jornal Nordeste desta semana, que chega hoje às bancas. 

Escrito por Brigantia

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