terça-feira, 1 de março de 2016

Mercado Municipal de Bragança cada vez com menos lojas

Única peixaria do espaço comercial vai fechar esta semana. Segundo os comerciantes é a quarta loja a fechar este ano. Município de Bragança não se pronuncia sobre o assunto.
O Mercado Municipal de Bragança tem cada vez menos lojistas.
Dividido entre um espaço destinado a serviços e outro dedicado ao comércio tradicional, este último tem vindo a perder comerciantes. 
O Município de Bragança adiantou que a infraestrutura tem 58 espaços comerciais e o espaço do antigo Cybercentro, existindo 18 espaços livres, sendo que há projectos novos em análise, sem divulgar, no entanto, que tipo de projectos e qual o espaço que poderão vir a ocupar.
No local, apesar de alguns lojistas afirmarem que não ter razão de queixa, a maioria não pode dizer o mesmo, sustentando que têm sido vários os comerciantes a abandonar o mercado. O próximo é Luís Nogueiro, que tem uma peixaria no Mercado Municipal de Bragança, desde que este abriu, há 15 anos. 
Segundo o comerciante, após ter apresentado várias reclamações ao Município de Bragança por não estarem a ser garantidas algumas normas de higiene e segurança, a gota de água, que está na origem da sua saída, é o facto de a máquina do gelo ter avariado. “O motor da máquina foi embora há três meses e ainda não apareceu. No dia 3 de Janeiro disseram-me que vinha uma máquina nova nessa semana mas, até agora, o Município não trouxe nenhuma”, contou o comerciante.
Segundo Luís Nogueiro, a máquina de gelo faz parte do equipamento disponibilizado pelo Mercado Municipal na loja que está a ocupar, destinada ao comércio de peixe, estando isso mesmo previsto no contrato de cedência do espaço. Farto de esperar que o município resolvesse a situação, o comerciante adquiriu uma máquina, que representou um investimento de cerca de 5 mil euros, que saíram do seu próprio bolso.
Questionado sobre esta situação, o município esclarece que “quando foi comunicada a avaria, foi de imediato contactado o fornecedor para proceder à reparação. No entanto, considerando que é um equipamento com a produção descontinuada, foi necessário encomendar o componente avariado que apenas estava disponível em Itália” e assegura que foi dado conhecimento ao proprietário da peixaria, “de todos os procedimentos tomados e dificuldades tidas”.

Por: Sara Geraldes
in:jornalnordeste.com

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