quinta-feira, 3 de março de 2016

Presença dos bombeiros no aeródromo de Bragança custa 94 mil euros à autarquia

O presidente do Município de Bragança admite que ainda não foi contactado formalmente pelo Ministério da Administração Interna para discutir a questão do pagamento da presença das forças de segurança nos aeródromos, nomeadamente na carreira aérea Bragança - Portimão.
No mês passado, a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, garantiu que a questão estava a ser analisada. 
O Município de Bragança ainda não pagou a factura mas também não foi convidado a discutir o assunto, assegura Hernâni Dias. “Se me perguntarem se já tive algum contacto formal sobre esta matéria, respondo que ainda não fui formalmente contactado para discutir o assunto. Apenas conversei com o Secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, com quem troquei opiniões da última vez que nos encontramos e, de facto, foi consensual dizermos que este assunto teria de ser discutido”, esclareceu o autarca. 
As facturas dos gastos com a presença da GNR nestes aeródromos, com o início da carreira aérea em Dezembro passado, começaram a chegar as autarquias, que pedem que o Estado possa aliviar o peso que esta despesa representa para os cofres municipais. “Entretanto, já fizemos diligências nesse sentido, todos nós assinamos um documento, que enviámos para o Ministério da Administração Interna (MAI), a dar conta desta sobrecarga ao nível da despesa, no sentido de dizer que não concordamos e que queremos que este assunto seja discutido com o MAI, no sentido de se arranjar uma solução, que não seja pesada para os Municípios”. 
Se no caso da GNR a situação está ainda por definir, no que diz respeito aos Bombeiros, a sua presença nos aeródromos, está já a representar um encargo extra para os cofres dos municípios.Ontem, a autarquia de Bragança assinou protocolos de colaboração com as associações humanitárias do concelho e as colectividades desportivas. 
No caso dos Bombeiros de Bragança, foram contemplados com mais 94 mil euros, do que no ano passado, devido aos custos com a presença no aeródromo, que exige o trabalho diário de seis bombeiros. 
O Presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros de Bragança, Rui Correia, frisa a importância dos vários tipos de apoio que recebem do Município. “A autarquia não nos dá só este tipo de apoio. Por exemplo, paga também os seguros aos próprios bombeiros e às viaturas e paga a Equipa de Intervenção permanente (EIP), o que é sempre uma boa ajuda”, sublinhou o responsável. 
O Município de Bragança assinou ontem 18 protocolos com colectividades desportivas, para as quais reservou um orçamento total de 113 mil euros. 
Já os Bombeiros de Bragança foram contemplados com 165 mil euros e os de Izeda com 43 mil euros. 
O valor total dos protocolos, ontem assinados, ultrapassa os 320 mil euros. 

Escrito por Brigantia

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