Os Bombeiros de Izeda estão a protagonizar um braço de ferro com a ex-presidente de Junta de Freguesia e o marido, devido à vedação de um terreno.
Em causa está a alegada cedência de uma parte da propriedade do marido da ex autarca, que confina com a dos bombeiros, em troca de uma vedação, que ficaria a cargo da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Izeda, de forma a que o muro fosse feito numa linha recta.
A vedação terá começado a ser feita mas, já depois das eleições autárquicas, a ex autarca e o marido terão voltado atrás com a palavra, de acordo com João Lima e Óscar Esménio, que, actualmente, desempenham as funções de presidente da Associação Humanitária e comandante dos bombeiros e, na altura do alegado acordo desempenhavam as funções de comandante e 2º comandante, respectivamente.
O comandante dos Bombeiros, Óscar Esménio, não tem dúvidas que o facto de Rosa Pires ter perdido as eleições autárquicas está na base desta discórdia. “Parece-nos que o principal motivo desta discórdia foi o facto de ela ter perdido as eleições.
Quem ganhou as eleições foi o antigo presidente dos Bombeiros, Luís Filipe Fernandes e, talvez não tivessem uma relação muito boa.
A partir daí, disseram-nos para retirar a vedação da parte do terreno que era deles. Nós dissemos que, para isso, tinham que assumir os custos e eles não aceitaram”, contou o comandante.
Contactada pela Brigantia, a ex autarca desmente o eventual acordo, referindo que houve apenas uma conversa informal sobre o assunto. Rosa Pires frisa, no entanto, que o que estava acordado era que o seu marido pudesse estacionar o camião e reboques no terreno dos bombeiros, cedendo, em troca, parte da sua propriedade, tendo ficado proibido de o fazer após as eleições autárquicas de 2013. “Desde que eu deixei de ser presidente de junta isso deixou de ser possível e o acordo era baseado nisso. Em troca do estacionamento era cedido o terreno”, garantiu Rosa Pires.
Perante esta situação, a Associação Humanitária dos Bombeiros de Izeda refere que “são situações diferentes” e que a proibição do estacionamento de José Pires no terreno, surgiu na sequência do descontentamento de alguns sócios que se queixaram da ocupação, que consideravam indevida e que durava há vários anos.
O braço de ferro devido à vedação feita pelos bombeiros promete continuar, pelo menos até ao julgamento, que está marcado para o próximo dia 11 de Abril, no Tribunal de Bragança.
Escrito por Brigantia
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