A mirandelense Maria Neto, arquitecta de 29 anos, foi a vencedora da edição deste ano do prémio de arquitectura Fernando Távora, atribuído pela Ordem dos Arquitectos.
Com a proposta “As cidades Invisíveis de Dadaab”, a jovem ganhou a 11.ª edição deste galardão, que promove anualmente uma bolsa de viagem.
O projecto pretende estudar, ao longo de mais de dois meses, “através do olhar do arquitecto Fernando Távora, o maior complexo de refugiados do mundo, situado no Quénia, que é composto por cinco campos de refugiados”.
A proposta foi distinguida pelo júri por “remeter para a própria essência da arquitectura: o abrigo” e a autora receberá para a sua concretização uma bolsa de 6 mil euros, de forma a estudar estratégias para melhorar as condições de quem vive em campos de refugiados. “Este não é apenas um campo de refugiados, é o maior complexo do ACNUR que existe no mundo e neste momento tem cerca de 300 a 500 mil pessoas a habitá-lo”, afirma.
Maria Neto disse-se “muito surpreendida” com a atribuição do prémio para esta área da arquitectura, apesar da temática dos refugiados estar agora na ordem do dia. “Tendo em conta que estamos a receber este movimento em massa de refugiados na Europa, estas questões já existe há muito tempo mas foram sempre invisíveis, por isso intitulei a minha viagem de cidades invisíveis”, afirma a arquitecta que é investigadora do Centro de Estudos de Arquitectura e Urbanismo da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, cidade onde reside.
Escrito por Brigantia

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