Há vários municípios interessados em avançar com projectos de museus que valorizem a língua portuguesa. Mas Ernesto Rodrigues, que integrou o grupo que desenvolveu o projecto do Museu da Língua Portuguesa em Bragança, liderado por Adriano Moreira, sublinha que o de Bragança tem todas as condições para se consolidar, lembrando que o projecto está já numa fase avançada.
O PS abordou, no mês passado, o assunto em reunião de Câmara, pedindo ao executivo de Bragança que tenha em conta que o Município de Matosinhos estaria a “alcandorar-se” a esta ideia.
Ernesto Rodrigues diz ter conhecimento de outros municípios, como Fafe e Viana do Castelo que podem ter essa intenção, e lembra que foi o próprio PS, através do ministro da Cultura, João Soares, quem acarinhou a ideia do autarca de Matosinhos. “A história de Matosinhos tem a ver com uma visita que o ministro da cultura fez ao município e como estava a quente o incêndio do Museu da Língua de São Paulo o autarca de Matosinhos falou num museu da diáspora e da língua.
Mais do que uma oportunidade, foi oportunismo político”, acusa o escritor. Ernesto Rodrigues lembra ainda que o próprio PS já tinha tido a ideia de criar este museu em Lisboa, que acabou por não se concretizar.
Agora, na opinião do professor universitário, o importante é dar continuidade ao projecto em Bragança, aproveitando a oportunidade de canalizar fundos comunitários para o mesmo.
O projecto do Museu da Língua Portuguesa já está pronto, tanto do ponto de vista científico como organizacional e prevê um investimento de cerca de 3 milhões e meio de euros, e deverá ser instalado no edifício dos antigos silos da EPAC.
Escrito por Brigantia
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