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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Uma história de insucesso em Mogadouro

Os resultados do Agrupamento de Escolas de Mogadouro são os mais fracos no Norte, no que respeita à taxa de retenção e desistência do Ensino Secundário.
A Direção da escola e os pais admitem o problema. E todos concordam que "é urgente" encontrar uma solução, diz Carlos Santos, presidente de uma das associações de pais.

Na década entre 2004/2005 e 2013/2014, a situação piorou. De uma taxa de insucesso escolar de 22,3% passou para os 22,6%. Pelo meio registaram-se taxas críticas, como os 37,2% de 2006/2007.

A maioria dos municípios da Região Norte regista uma melhoria nas taxas de insucesso escolar. Só três concelhos estão pior, uma década depois: Mogadouro (22,6%), Valença (18,3%) e Paredes de Coura (7,1%).

A escola de Mogadouro tem implementado medidas para combater a situação, como o reforço letivo a Português e a Matemática, a contratação de uma psicóloga a tempo inteiro, a integração no Programa Territórios de Intervenção Prioritária, em 2012, para zonas económicas e socialmente desfavorecidas, marcadas pela pobreza e exclusão social, onde a violência, a indisciplina, o abandono e o insucesso se manifestam. Criou-se, ainda, o Plano de Intervenção Pródisciplinar, que reduziu drasticamente o número de medidas corretivas aplicadas aos alunos. Em três anos, baixaram de 30 para 8. Estamos no bom caminho", comenta Irene Louçano, que há três anos dirige o agrupamento.

Há causas para os maus resultados. A escolaridade obrigatória até aos 18 anos "desestabilizou", argumenta Irene Louçano. "Obriga os alunos a permanecer na escola sem o quererem e não os conseguimos motivar". Destacam-se, por outro lado, os problemas sociais e as famílias desestruturadas. "Quando os jovens chegam ao 3.º Ciclo, há pais que desistem de querer saber a situação escolar", acrescenta. Muitos têm carências económicas e 48% deslocam-se das aldeias.

A falta de opções curriculares leva os estudantes, quando chegam ao Secundário, a partir para outros concelhos. Carlos Santos, no entanto, entende que essa não é a única razão para que os alunos procurem outras escolas. "A escola não oferece um nível suficiente para atingir os objetivos pretendidos, no caso dos que querem prosseguir estudos e ir para a universidade", lamenta. Dá o exemplo do seu filho, que frequenta o 9.º ano. "Ele não gosta da escola, porque esta não o soube cativar. Uma boa parte dos colegas dele vai embora no final do ano letivo", afirma. Apesar dos esforços do JN, não foi possível contactar a outra associação de pais do agrupamento.

Jornal de Notícias

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