Os resultados do Agrupamento de Escolas de Mogadouro são os mais fracos no Norte, no que respeita à taxa de retenção e desistência do Ensino Secundário.
A Direção da escola e os pais admitem o problema. E todos concordam que "é urgente" encontrar uma solução, diz Carlos Santos, presidente de uma das associações de pais.
Na década entre 2004/2005 e 2013/2014, a situação piorou. De uma taxa de insucesso escolar de 22,3% passou para os 22,6%. Pelo meio registaram-se taxas críticas, como os 37,2% de 2006/2007.
A maioria dos municípios da Região Norte regista uma melhoria nas taxas de insucesso escolar. Só três concelhos estão pior, uma década depois: Mogadouro (22,6%), Valença (18,3%) e Paredes de Coura (7,1%).
A escola de Mogadouro tem implementado medidas para combater a situação, como o reforço letivo a Português e a Matemática, a contratação de uma psicóloga a tempo inteiro, a integração no Programa Territórios de Intervenção Prioritária, em 2012, para zonas económicas e socialmente desfavorecidas, marcadas pela pobreza e exclusão social, onde a violência, a indisciplina, o abandono e o insucesso se manifestam. Criou-se, ainda, o Plano de Intervenção Pródisciplinar, que reduziu drasticamente o número de medidas corretivas aplicadas aos alunos. Em três anos, baixaram de 30 para 8. Estamos no bom caminho", comenta Irene Louçano, que há três anos dirige o agrupamento.
Há causas para os maus resultados. A escolaridade obrigatória até aos 18 anos "desestabilizou", argumenta Irene Louçano. "Obriga os alunos a permanecer na escola sem o quererem e não os conseguimos motivar". Destacam-se, por outro lado, os problemas sociais e as famílias desestruturadas. "Quando os jovens chegam ao 3.º Ciclo, há pais que desistem de querer saber a situação escolar", acrescenta. Muitos têm carências económicas e 48% deslocam-se das aldeias.
A falta de opções curriculares leva os estudantes, quando chegam ao Secundário, a partir para outros concelhos. Carlos Santos, no entanto, entende que essa não é a única razão para que os alunos procurem outras escolas. "A escola não oferece um nível suficiente para atingir os objetivos pretendidos, no caso dos que querem prosseguir estudos e ir para a universidade", lamenta. Dá o exemplo do seu filho, que frequenta o 9.º ano. "Ele não gosta da escola, porque esta não o soube cativar. Uma boa parte dos colegas dele vai embora no final do ano letivo", afirma. Apesar dos esforços do JN, não foi possível contactar a outra associação de pais do agrupamento.
Jornal de Notícias
Número total de visualizações do Blogue
Pesquisar neste blogue
Aderir a este Blogue
Sobre o Blogue
SOBRE O BLOGUE:
Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço.
A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)
(Henrique Martins)
COLABORADORES LITERÁRIOS
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário