No entanto, de acordo com os representantes das associações de desenvolvimento local, o financiamento é inferior ao do anterior quadro e pode não ser suficiente para desenvolver os projectos previstos.
A vice-presidente da Federação das associações de desenvolvimento local Minha Terra, Ana Paula Xavier, considera que os fundos alocados são insuficientes. “Nós nunca estamos satisfeitos, queremos sempre mais. Achamos que as verbas que estão alocadas ao nosso trabalho são insuficientes e pretendemos continuar a reforçar essa situação”, considera.
O autarca de Mirandela, António Branco, frisou que com a alteração de financiamento a estas associações surgiram preocupações e espera que numa reprogramação dos fundos possa haver um reforço das verbas alocadas. “As DLBC são normalmente financiadas pelo Feader que são os fundos da agricultura, neste quadro comunitários houve a opção de as verbas serem atribuídas pelos fundos da agricultura e da FSE, e isso levou a uma certa alteração dos sistemas de gestão e os valores em causa 94 milhões é dinheiro mas causa-nos algumas preocupações e os valores não são aqueles que gostaríamos”, explica.
O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, Emídio Gomes, na última cerimónia pública em que participou antes da sua exoneração, defendeu, no entanto, que há benefícios com o novo modelo de financiamento, nomeadamente no que diz respeito ao apoio ao emprego.
A Corane - Associação de Desenvolvimento dos Concelhos da Raia Nordestina - vai receber do PDR e Norte 2020 mais de 4,9 milhões de euros, a Desteque - Associação de Desenvolvimento da Terra Quente Transmontana – foi contemplada com 5,1 milhões de euros e a Douro Superior terá disponível cerca de 4,4 milhões de euros.
Escrito por Brigantia
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