quarta-feira, 8 de junho de 2016

Prémios APOM distinguem Museu da Seda e concatedral de Miranda

O Museu da Seda de Freixo de Espada à Cinta e o restauro do Cadeiral da Concatedral de Miranda do Douro foram distinguidos pelos prémios da Associação Portuguesa de Museologia.
O Museu da Seda de Freixo, que foi inaugurado em Agosto do ano passado, recebeu o prémio na categoria de Colecção Visitável. 
O director desta unidade museológica, Jorge Duarte, acredita que a distinção se deve em parte ao facto de no espaço ser possível ver o processo de produção da seda ao vivo. “Diz respeito há colecção permanente e à forma como está constituído o museu, creio que será o único, pelo menos no distrito de Bragança, a ter artesãs a trabalhar ao vivo”, defende, considerando que o prémio “é muito importante para o museu. 
Ainda não fez um ano e já tem uma classificação a nível nacional, é muito bom, é um motivo de orgulho enorme por um lado, e por outro é um prémio e também um fruto da rede de museus do Douro da qual nós somos membros fundadores e é o sinal que estamos no caminho certo”, frisa. 
Desde Agosto e até Março, o Museu da Seda recebeu cerca de 2000 visitantes. Jorge Duarte espera que o prémio possa levar ainda mais pessoas a querer conhecer o espaço. “Muitos dos nossos potenciais visitantes não fazerem a mínima ideia que Freixo de Espada à Cinta é o único centro do país que trabalha artesanalmente a seda, que tem artesãs a trabalhar no museu e que fazemos a extracção da seda artesanalmente. 
Com este prémio nacional e perante o despertar desse interesse, cremos que seja uma alavanca para que o número de visitantes suba bastante no próximo trimestre”, espera o responsável. 
Já o restauro efectuado no cadeiral e armário das lanternas da Concatedral de Miranda do Douro recebeu o prémio de melhor intervenção em conservação e restauro. Os trabalhos decorram entre finais de 2014 e início de 2015, integrados no projecto mais amplo de requalificação da Sé de Miranda do Douro, no âmbito da Rota das Catedrais, promovido pela Direcção Regional de Cultura do Norte. 
A directora do Museu Terras de Miranda que coordena a concatedral, Celina Pinto, foi a responsável por candidatar o trabalho de restauro a estes prémios. “Achei que depois de concluído o trabalho, era um trabalho que merecia algum destaque por o cadeiral ser uma peça do século XVII e ser uma peça com relevante interesse patrimonial. Há outras peças com relevância patrimonial no templo, mas o cadeiral é de facto único. 
No meu ponto de vista acho que os prémios da APOM é o olhar transversal sobre a realidade museológica e patrimonial de todo o país e sendo um prémio atribuído a Miranda do Douro, à Concatedral de Miranda, ficamos satisfeitos, é um reconhecimento no trabalho e também porque é um aproximar de distâncias”, explica. 
Os prémios APOM foram entregues no Museu do Dinheiro, em Lisboa, no final da semana passada. 

Escrito por Brigantia

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