O chef de cozinha Manuel Bóia, natural de Santulhão, no concelho de Vimioso, considera que tem havido uma boa promoção dos produtos e da gastronomia transmontanos, mas defende que se devem arranjar estratégias para atrair mais pessoas a conhecê-los na região.
Manuel Bóia, de 33 anos, trabalha há três no “Bica do Sapato”, em Lisboa, um conceituado restaurante onde é chef executivo.
O cozinheiro sente que há cada vez mais promoção da iguarias transmontanas em outros locais do país, mas sugere que falta atrair as pessoas à região para que possam in loco conhecer e apreciar a gastronomia.
“Acho que não deve ser o produto a ir lá, mas sim tentar arranjar a melhor forma de conseguir cativar as pessoas a virem conhecer o Norte, porque não é só a gastronomia que é boa, mas as paisagens, um bom clima, um bom acolhimento. Os que vêm voltam sempre”, sustenta.
O chef Manuel Bóia, natural de Santulhão, que já passou pelas cozinhas do Pestana Alvor, no Algarve, do Grand Real Villa Italia, em Cascais, e do 100 Maneiras, em Lisboa garante que as raízes transmontanas têm influência nos seus cozinhados e reflectem-se por vezes na ementa do restaurante.
“De uma certa forma, sempre tendemos um bocado para as nossas memórias de infância e para a nossa cozinha portuguesa. Há alguns pratos típicos daqui, mas uso mais ingredientes, como batata, nabiça, legumes. Acho que nesta altura não tenho nada que identifique a minha zona, porque a alimentação daqui é muito mais pesada e nesta altura são procurados pratos mais leves. Mas já aconteceu ter feijão de casca, pernil de porco, que é muito típico nosso, butelo ou entrecosto assado, como nós fazemos aqui”, adianta.
A entrevista com o chef Manuel Bóia pode ser ouvida na íntegra na rádio Brigantia depois do noticiário das 17h ou ler na edição desta semana do Jornal Nordeste.
Escrito por Brigantia
Olga Telo Cordeiro
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