A actual direcção do Estabelecimento Prisional de Bragança pretende avançar ainda este ano com algumas intervenções no edifício consideradas prioritárias, com o apoio da sociedade civil e das autoridades locais.
A infraestrutura carece de uma rápida intervenção para redimensionar o espaço, nomeadamente obras de remodelação e ampliação.
Numa visita recente a secretária de estado da justiça deixou a promessa de analisar esta necessidade. Mas para já na gaveta está um projecto de intervenção mais amplo, que ultrapassa o meio milhão de euros, e cujo valor considerado elevado inviabiliza para já a obra.
Por isso, o director do Estabelecimento Prisional de Bragança, Mário Torrão, esclarece que as obras mais pequenas vão avançar e espera contar com o apoio da sociedade civil e autoridades locais.
Apesar das promessas governamentais e da vontade da Direcção Geral dos Serviços Prisionais em apoiar esta intervenção, Mário Torrão, director do Estabelecimento Prisional de Bragança, tem a noção de que é necessário convocar as “forças vivas” da região pois só com a ajuda dos agentes locais este barco chegará a bom porto: “precisamos de ajuda em termos financeiros”, mas também será bem-vinda se for na forma “de materiais de construção civil”.
O responsável destaca que a melhoria no recreio, actualmente muito exíguo, é uma das principais preocupações.
“A minha obsessão é alargar o recreio dos presos, pois o espaço é extremamente exíguo; depois, proporcionar melhores condições para aos presos, criando uma sala para refeitório e uma sala para visitas, pois a que nós temos neste momento, o chamado parlatório, também é muito pequena”, sublinhou.
Tanto reclusos como guardas frisam também a necessidade de haver melhorias no pátio e um local maior para praticar desporto.
“Quanto às condições do recreio, o espaço é reduzido e curto para a população reclusa que temos neste momento, o que provoca alguns atritos no dia-a-dia. Vamos gerindo na medida do que é possível, mas de facto a ocupação do tempo livre é um factor muito importante para a reintegração e para a estabilidade emocional dos reclusos”, refere o chefe do corpo de guardas, Telmo Bornes.
O reforço do efectivo de guardas é também uma prioridade, numa altura em que o Estabelecimento Prisional conta com 30 agentes para 91 presos, sendo necessários mais 8 elementos de segurança.
Escrito por Brigantia
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