(colaborador do "Memórias...e outras coisas...")
....agora come-se e bebe-se à farta!
Olhe vou-lhe contar...como diz a conta do outro... e cismava...nos longos anos já passados...
...a modos que eu era meio doente... coisas por dentro... eu sei lá... a modos que nem me quiseram na tropa...
...e andava por aqui... numa tarde encontrei uma rapariganha que não tinha onde cair morta... e foi logo nessa tarde...o senhor entende!... e sorriu...
...depois vivi com ela sessenta anos... e lá nos fomos governando... quando ela morreu eu já tinha três mil contos... deu para a enterrar e ainda sobrou algum...
...agora vivo com umas sobrinhas... dão-me de comer e lavam-me...
...agora começaram a dar estes dinheiros...já tenho setenta mil euros... deve dar para o enterro e se calhar ainda sobra algum.
...e assim é a vida!
...tão simples...afinal a felicidade é possível.
...e entardecia a nordeste !
Fernando Calado nasceu em 1951, em Milhão, Bragança. É licenciado em Filosofia pela Universidade do Porto e foi professor de Filosofia na Escola Secundária Abade de Baçal em Bragança. Curriculares do doutoramento na Universidade de Valladolid. Foi ainda professor na Escola Superior de Saúde de Bragança e no Instituto Jean Piaget de Macedo de Cavaleiros. Exerceu os cargos de Delegado dos Assuntos Consulares, Coordenador do Centro da Área Educativa e de Diretor do Centro de Formação Profissional do IEFP em Bragança.
Publicou com assiduidade artigos de opinião e literários em vários Jornais. Foi diretor da revista cultural e etnográfica “Amigos de Bragança”.
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