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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Marcador do Tempo volta à Concatedral de Miranda 13 anos depois mas continua sem funcionar

O “Marcador do Tempo” de Miranda do Douro regressou à antiga Sé desta cidade, 13 anos depois de ter sido levado pela Direcção Regional de Cultura para restauro. O mecanismo de relojoaria foi agora devolvido mas continua sem funcionar, como explica o presidente do Município de Miranda do Douro, Artur Nunes.
“Há 13 anos o marcador do tempo saiu para ser arranjado em Lisboa, não estava a funcionar e regressou mas regressou na mesma. Não há especialistas capazes de o porem em funcionamento”, salienta.

O autarca considera que ainda assim “é uma peça única em termos nacionais, todas as pessoas podem ver e é mais um incentivo para visitar Miranda do Douro e a Sé Catedral”.

A peça data da primeira metade do século XVIII e, de acordo com a Direcção Regional de Cultura é o exemplar mais autêntico e conservado do país.

O director regional de Cultura do Norte, António Ponte, esclarece que não acompanhou todo o processo, uma vez que só está na Direcção Regional de Cultura do Norte há 3 anos, mas aquilo que lhe foi transmitido é que a demora no processo de restauro se deveu às características da peça.

“Tanto quanto me foi dado a conhecer havia a necessidade de interpretar o funcionamento da peça e perceber de que forma o processo de restauro poderia ser feito por forma a conseguir ter a peça o mais fiel possível semelhante à data da sua construção. Estas peças integram o património histórico das localidades e por vezes têm características técnicas muito difíceis de interpretar”, esclarece.

António Ponte explica que, além do trabalho técnico de restauro, houve uma necessidade perceber o funcionamento da peça e que isso pode continuar a acontecer agora que já está instalada na Torre do relógio da Sé de Miranda do Douro.

“Havia a necessidade de perceber o funcionamento da peça e de perceber de que forma ela podia ser restaurada e pô-la com uma capacidade de acção que nos interessa de alguma forma restaurar. Devido às suas características mecânicas, só depois de estarem nos respectivos locais instaladas podem ter as afinações finais e pressuponho que seja essa a situação”, salienta o director regional.

Acredita-se que esta peça possa ter origem espanhola e que tenha sido encomendada no período joanino. O restauro e remontagem das peças do marcador do tempo foram executados pela Casa Cousinha, uma das mais reputadas e conhecedoras executantes deste tipo de relojoaria a nível europeu

A valorização da visita pública ao monumento está enquadrada no projecto “Rota das Catedrais”, encetado pela Direcção Regional de Cultura do Norte ao abrigo de programas de co-financiamento comunitário.

O marcador do tempo pode ser visitado na Concatedral de Miranda do Douro desde o final do mês passado.

Contactado pela a Briagntia, o ex-presidente do Município de Miranda do Douro Manuel Rodrigo, explicou que, na altura em que o marcador do tempo foi levado para restauro, "houve também um relógio mecânico do princípio do século XX que foi para restauro". De acordo com o ex-autarca, o relógio "tinha sido arranjado por um funcionário da autarquia".Mesmo assim, a peça viria a ser levada para restauro, pelo antigo IPAR, tendo sido os trabalhos adjudicados também à Casa Cousinha, em 2003, "tendo os trabalhos de restauro das duas peças ficado orçados em 40 mil euros".   

De acordo com a Direcção Regional de Cultura do Norte, o relógio também já foi devolvido à Sé de Miranda. Ao que conseguimos apurar, a Sé tem ainda um relógio automático, já que o antigo relógio restaurado necessita de manutenção regular e funciona a corda, sendo mais dificil de assegurar o seu funcionamento. 

Escrito por Brigantia
Sara Geraldes

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