O Governo quer criar um segundo Núcleo de Atendimento à Vítima no sul do distrito de Bragança. O objectivo é, de acordo com a estratégia Nacional de Combate à Violência Doméstica, duplicar a resposta às vítimas no interior do país e, em particular no distrito, as necessidades são nos concelhos do sul, já que a único núcleo se encontra em Bragança.
A secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade, Catarina Marcelino, esteve sexta-feira em Bragança para discutir com os autarcas a localização desta nova valência.
“Estamos aqui a ver como podemos duplicar a resposta no território que coincide com o distrito de Bragança, com especial preocupação com o sul deste território que fica mais aquém da proximidade de Bragança e maior distância do local onde está sedeado ao núcleo”, referiu.
Não foi ainda alcançado consenso já que há interesse por parte de vários municípios em acolher esta resposta, mas a secretária de Estado considera que a reunião com os autarcas foi muito produtiva e permitiu dar um passo em frente no processo.
A falta de resposta em casa abrigo no distrito de Bragança foi outro dos problemas debatidos com os responsáveis do núcleo e com outros parceiros, já que para os 12 concelhos apenas existem cinco vagas numa casa abrigo em Bragança.
“Estivemos a identificar as necessidades para melhorar a qualidade de respostas, temos aqui algumas ideias nomeadamente a hipótese de ter uma resposta de emergência para além da casa abrigo e do núcleo de apoio à vítima que julgamos poder vir a ter essa resposta também nesta região”, frisou a governante.
De acordo com Teresa Fernandes do núcleo de Atendimento à Vítima de Bragança, só no ano passado 24 vítimas, acompanhadas de filhos menores, foram encaminhadas para casas abrigo, o que significa que a maioria teve de ser colocada em outras zonas do país.
“Estamos na cauda do país, temos cinco vagas disponíveis que praticamente estão sempre ocupadas a zona mais perto é Vila real com outras cinco vagas e por isso é muito importante não só as vagas de casa abrigo, mas também as vagas de emergência, que não existem no distrito, as mais próximas são em Viseu”, aponta.
A Associação de Socorros Mútuos de Bragança, que acolhe o núcleo de atendimento à vítima tem já um projecto para uma nova casa abrigo que incluiria vagas de emergência e mais definitiva, num total de 30, que será analisado agora pelo governo.
Escrito por Brigantia
Olga Telo Cordeiro
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