Esta manhã, o Grupo de Estudos do Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA) entregou esta manhã uma queixa-crime na Procuradoria-Geral da República, em Lisboa, onde pedem uma investigação aos responsáveis políticos e técnicos na construção nas Barragens do Tua, Sabor e do Tâmega.
Os ambientalistas pedem investigação por alegados crimes que podem configurar corrupção e tráfico de influências. Os visados, disse à saída da Procuradoria-Geral à comunicação social João Joanaz de Mello, o coordenador deste movimento, “governantes, dirigentes da administração pública, autarcas, empresas de construção e concessionárias e a Banca, que financia estas construções.
O objeto da queixa prende-se com o conjunto de atos e decisões políticas e administrativas tomadas nos últimos anos, com especial incidência nos respetivos processos de planeamento, aprovação, subsidiação, licenciamento e implementação. Estas suspeitas poderão estar ligadas com o caso Odebrecht, com os ambientalistas a citaram o jornal brasileiro “O Globo”, que fala em seis transferências, no valor de 750 mil euros, em subornos relacionados com o Baixo Sabor.
Já num programa da RTP1, ligavam-se nomes a tráfico de influências à Barragem do Tua como Assunção Cristas, Paulo Portas e o embaixador Seixas da Costa. Não confirma João Joanaz de Mello que esta queixa-crime visa nomes em concreto, dizendo que “são apenas suspeitas, das quais não temos provas, e que pedimos agora que sejam investigadas”.
O GEOTA espera ainda que esta queixa-crime possa parar os empreendimentos no Tâmega, considerado o último rio selvagem, e que segundo estudos dos ambientalistas poderão custar aos contribuintes 10 mil milhões de euros.
Escrito por ONDA LIVRE
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