Número total de visualizações do Blogue

Pesquisar neste blogue

Aderir a este Blogue

Sobre o Blogue

SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

António Bernardo de Morais Leal Júnior

Nasceu em Moncorvo a 8 de Junho de 1836; filho natural de D. Guilhermina Clotilde de Morais e do padre António Bernardo de Morais Leal, doutor em direito e teologia e advogado em Moncorvo. Faleceu em Lisboa em Maio de 1899. Leal Júnior pode conseguir em 1861 que D. Pedro V o tomasse sob a sua protecção, mandando-o frequentar a Universidade de Coimbra; morrendo, porém, logo este monarca, seu irmão D. Luís continuou custeando-lhe as despesas universitárias.

Escreveu:
Uma página Académica – «Opúsculo crítico-histórico, em que é imparcialmente julgada a Academia de 1863 e 1864 sobre a petição do perdão dacto, e consequências da má interpretação da Portaria do Ministério do Reino de 25 de Abril do ano corrente», por A. B. de Morais Leal Júnior (caloiro), prestacionado de S. M. El-Rei. Coimbra na Imprensa da Universidade, 1864. 8.° gr. de XVI-368 págs.
Esta obra levantou grande celeuma e atraiu sobre o seu autor o ódio de muitos que nela eram julgados pouco benevolamente, tendo por isso de interromper os seus estudos. A imprensa política discutiu-a largamente; até Pinheiro Chagas escreveu sobre ela uma carta na Gazeta de Portugal n.° 545 de 15 de Setembro de 1864.
Gazeta Lisbonense. Publicação semanal, literária, noticiosa, crítica e recreativa. Lisboa, Tip. do Futuro, 1865. 4.° gr. Saíram doze números: o primeiro a 10 de Março e o último a 27 de Maio. Contêm ao todo 96 págs.
O Espectador Imparcial – Jornal, de que se publicaram vários números.
O Mosquito – Periódico satírico, político, literário, noticioso e recreativo. Lisboa, Tip. do Futuro, 1867. Saiu o primeiro número a 24 de Março.
Colaborou em diversos jornais da província, como Jornal do Porto, Bracarense, Independente, Pensamento, Justiça, etc.
Borregos e salafrários no concelho e comarca de Moncorvo – Com vista à «Actualidade», jornal portuense. Lisboa, Tip. Portuguesa, 1885. 8.° de 30 págs.
Neste opúsculo declara o autor que é redactor do Mosquito e do Archote e que colaborou no Distrito de Faro. O opúsculo contém uma carga violenta e verrineira sobre os homens mais em evidência ao tempo em Moncorvo.
No «Prólogo» da Página Académica alude o autor à protecção que, em hora de desdita, encontrou em Alexandre Herculano. Eis a carta que este lhe deu em Outubro de 1863 para José da Silva Mendes Leal, então ministro da Marinha:

«Ex.mo Amigo e Senhor – O portador é um rapaz de Trás-os-Montes, de quem poderá fazer conceito ouvindo-o. Elle lhe contará a sua historia.
Estava á entrada do paço para falar a el-rei; pretenção ambiciosa de mais para a obscuridade desvalida, e que os cortezãos baixos para dentro e altivos para fora, sabem reprimir.
Viu-me e lembrou-se de falar comigo. A minha opinião foi que recorresse ao unico homem de poder que comprehenda o que ha legitimo nas suas aspirações e doloroso na sua situação. Tal conselho impunha-me o dever d’esta carta. Ella e elle ahi vão. Lea-a, e ouça-o. De V. Ex.cia amigo e creado – Alexandre Herculano».

Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança

Sem comentários:

Enviar um comentário