A arquitecta brigantina Joana Gonçalves publicou, recentemente, um livro, inspirado num estudo que desenvolveu e que vê nas antigas quintas da região transmontana um modelo para uma arquitectura contemporânea mais sustentável.
Esta investigação, realizada no âmbito do mestrado integrado em Arquitectura, que a jovem concluiu na Universidade do Minho, valeu-lhe o Prémio Ibérico de Investigação da Arquitectura Tradicional, em 2014.
"Tradição em Continuidade – as quintas da Terra Fria Transmontana” é o título do livro, apresentado na passada sexta-feira, em Bragança. Joana Gonçalves explica que “por um lado, é um levantamento histórico, mas, por outro, é um passo para o futuro”, ou seja, “a forma como podemos dar continuidade a esta tradição, assumindo aquilo que são as nossas características e tirando partido delas”.
A jovem de 26 anos refere que a escolha do tema está intimamente relacionada com a paixão pela região transmontana e pela reabilitação de edifícios, “pelo facto de ser transmontana, ter vivenciado estas quintas, por razões familiares, e querer perceber melhor aquilo que elas podem trazer e dar à sociedade contemporânea”.
Além de plantas e desenhos que fazem parte do trabalho de investigação da arquitecta, foram seleccionadas para o livro algumas fotografias de Georges Dussaud que captou quintas transmontanas enquanto ainda eram habitadas, sendo que, actualmente, muitas encontram-se abandonadas.
A publicação do livro "Tradição em Continuidade – as quintas da Terra Fria Transmontana” foi assumida pelo Município de Bragança, que considerou o trabalho da jovem arquitecta um importante contributo para a divulgação do património do concelho.
Escrito por Brigantia
Sara Geraldes
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