Os bombeiros do dispositivo nacional de combates a fogos florestais irão para o terreno, este ano, com alimento para as primeiras 24 horas, anunciou hoje o secretário de Estado da Administração Interna.
Jorge Gomes avançou, em Bragança, durante a apresentação do dispositivo distrital, que esta será uma das novidades durante a época oficial de incêndios florestais, que arranca a 15 de maio e se prolonga até meados de outubro.
"Todos os operacionais vão com alimento para o terreno", garantiu o secretário de Estado, indicando que cada bombeiro levará o respetivo mantimento, que ainda está a ser estudado "por uma estrutura estatal", mas que "há-de ter uma embalagem própria, específica", com "alimentos também próprios para o tipo de atuação e o tipo de ambiente em que eles se encontram".
Segundo o governante, o que vai ser disponibilizado aos bombeiros "é uma alimentação própria especifica para o tipo de teatro de operações onde vão atuar e vão abastecidos para 24 horas".
"O que quer dizer que temos 24 horas para depois organizar todo o tipo de fornecimento e de alimentar para voltar a distribuir se houver necessidade", acrescentou.
A medida resulta, como disse, de uma necessidade detetada, sobretudo na primeiras horas no terreno, em que "leva muito tempo" até que "na associação humanitária se consiga a preparação de refeições e distribuição e, as pessoas, entretanto têm necessidade de se alimentar".
"Um incêndio começa ao meio dia e a pessoa não almoçou (...), às sete da noite ainda está sem comer, porque ainda não está nada preparado?", exemplificou.
O que se pretende é "resolver o problema" e cada bombeiro "ir abastecido para 24 horas e para depois, com calma (se) preparar todo o apoio logístico e toda a distribuição".
A medida "ira facilitar a questão logística nos primeiros momentos" de combate aos incêndios, na opinião do Noel Afonso, o comandante do Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Bragança.
O responsável distrital referiu que "em todos os teatros de operações há uma dificuldade, por razões obvias, em compatibilizar os horários de alimentação dos operacionais com a operação", o que "nem sempre é possível".
Agência Lusa
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