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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Agricultores queixam-se da geada que dizimou noz e amêndoa

Agricultores de Valpaços, distrito de Vila Real, queixaram-se hoje de quebras elevadas na produção de fruta, como nozes e amêndoas, devido às geadas da última semana que queimaram as árvores e dizimaram os frutos.
"A produção vai ser zero. É que está em risco a produção deste ano e a produção do ano que vem. A geada queimou o fruto que estava a germinar e queimou a rama toda. A árvore está nua como que seja em pleno inverno", afirmou à agência Lusa Manuel Teixeira, produtor de Cancelo, aldeia da freguesia de Santiago da Ribeira de Alhariz.

O produtor explicou que esta primavera está a ser muito quente, o que fez com as árvores tenham criado flor e fruto mais depressa, só que, agora, as geadas, provocadas pelas temperaturas muito baixas, "destruíram tudo".

"Tenho cerca de 500 nogueiras, 2.500 amendoeiras e um hectare e meio de vinha e está tudo queimado devido a esta geada fora do tempo", afirmou.

Manuel Teixeira referiu que estes frutos são a sua principal fonte de rendimento. "Isto vai-nos afetar gravemente. Dependemos disso para sobreviver", frisou.

João Ferreira, da aldeia de Parada, tem também na noz a sua principal fonte de receita.

Em média as suas 450 nogueiras produzem cerca de 10.000 quilos. "E este ano nada, zero, não tenho um quilo de nozes, está tudo seco", lamentou.

O agricultor explicou que estas árvores "não têm um ramo verde" e referiu que "não há nada a fazer, não há qualquer tratamento que possa fazer".

O presidente da Câmara de Valpaços, Amílcar Almeida, juntou a sua voz à dos produtores e disse que este ano agrícola está a ser muito complicado para o concelho. À falta de chuva juntaram-se as temperaturas baixas.

"Tivemos um prolongar do inverno, temos tido geadas, ainda há dois dias tivemos noites que atingiram um grau. Temos vinhas que parecem quase folha de tabaco, para além do feijão ou até das nogueiras", referiu.

O autarca falou numa "tragédia" que está a assolar o setor primário do concelho e, por isso, salientou que vai ser feito um apelo ao Ministério da Agricultura no sentido de que haja "alguma sensibilidade" para com esta situação.

"Não basta querermos povoar o interior, não basta querermos promover o setor primário, mas ainda assim temos esses contratempos e gostaríamos de poder contar com a ajuda, se não for direta pelo menos indireta, por parte do Estado", frisou.

O setor agrícola rende 100 milhões de euros por ano em Valpaços, com destaque para os três principais produtos: a castanha, o azeite e o vinho. A castanha é a produção mais rentável e vale cerca de 50 milhões de euros anuais.

Agência Lusa

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