A partir do final deste ano vai ser possível conhecer em detalhe a história do vale do rio Tua, incluindo a linha de caminho-de-ferro com 130 anos e a barragem construída pela EDP junto à foz, entre Carrazeda de Ansiães e Alijó.
Dois armazéns ferroviários desactivados na estação de Foz-Tua, em Carrazeda, estão a ser adaptados para acolher o Centro Interpretativo do Vale do Tua, que vai ter conteúdos para explicar o vale.
A criação desses conteúdos ficou a cargo da empresa Cariátides, do Porto. Gabriela Casella, uma das gerentes, explica que o centro vai ter três componentes: o vale, a linha e a barragem.
Os conteúdos na área do vale apelam aos sentidos.
“Além de uma série de filmes, como vai ser instalado um túnel imersivo, haverá um momento em que as pessoas vão cheirar os vários cheiros principais que se podem encontrar no vale”, destaca.
A linha ferroviária assumirá também grande protagonismo no Centro Interpretativo do Vale do Tua. “Os visitantes vão descobrir a quantidade de pessoas que trabalharam aqui, foi uma das grandes obras do progresso português. Teremos uma réplica da dresina que está em Bragança”, refere Gabriela Casella.
A barragem fecha o clico da evolução do vale do Tua. “Vai incluir uma entrevista com o arquitecto Eduardo Souto de Moura, e haverá um salto para descobrir o engenho da barragem, vamos ter uma maquete do território em que se vê a evolução e transformação do território”, refere.
Fernando Barros, presidente da Agência de Desenvolvimento do Vale do Tua, vê no Centro Interpretativo um espaço de excelência para a preservação da memória do vale, mas salienta que “não pode esgotar-se nos conteúdos que agora vão ser criados”.
O Centro Interpretativo do Vale do Tua é uma das medidas de compensação da EDP para o território, decorrente da construção da barragem de Foz Tua.
O CIVT representa um investimento superior a dois milhões de euros e abre até ao final deste ano.
Escrito por Rádio Ansiães (CIR)
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