“Enganam-se os que pensam que há um interior resignado”, são palavras da coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, na sua passagem por Vila Flor, no sábado, a propósito de um comício de Verão do partido.
No ano em que o Bloco aumenta o número de candidatos às câmaras do distrito de Bragança, a dirigente bloquista, diz que “há cada vez mais pessoas no interior que querem marcar a diferença e lutar pela valorização do território.”
Catarina Martins falou sobre o esquecimento que a região do interior tem sido alvo durante sucessivos anos e sublinhou que é preciso combater esse abandono do interior respondendo para isso “aos desafios de desenvolvimento e ordenamento do território” e defendeu que é preciso adoptar medidas de apoio à descentralização, alertou que “Não podemos é cair no engano de achar que descentralizar é passar competências para autarquias que não têm meios”.
Para a líder do Bloco nas próximas autárquicas, o trabalho tem de assentar em transparência, na medida em que as autarquias têm de prestar contas sobre o que fazem; e a efectivação de direitos das pessoas, já que o que interessa saber é como se vive em cada lugar, que direitos são assegurados; e não deixar ninguém para trás.
Num discurso em que fez o balanço da governação da geringonça, considerou que a “economia tem vindo a crescer” e que “o país tem a taxa de desemprego mais baixa da última década”, Catarina Martins frisou que a estratégia de combate ao empobrecimento foi importante para o desenvolvimento do país a vários níveis e da “recuperação da dignidade das pessoas”.
Com isto, a líder do Bloco aproveitou também para dizer que considera “irónico” que Pedro Passos Coelho tenha dito que a subida da taxa de emprego é obra dos governos de direita, depois “direita ter sido contra o aumento do salário mínimo nacional.” Lembrou ainda que apesar dos progressos ainda há muito trabalho a fazer em prol do combate à pobreza.
Escrito por Brigantia
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