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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 5 de julho de 2017

Dourogás avança com produção de combustível a partir de resíduos

Projecto de 1,5 milhões de euros tem apoio do Ministério da Economia, tecnologia portuguesa e abastece veículos da Resíduos do Nordeste.
A Dourogás inaugurou esta terça-feira uma nova unidade de produção de gás natural veicular a partir de resíduos sólidos urbanos. No aterro de Urjais, com um pé no município de Vila Flor e outro no de Mirandela, o grupo liderado por Nuno Moreira começou a produzir o combustível renovável que já abastece uma parte da frota de camiões do lixo da Resíduos do Nordeste, a empresa intermunicipal que recolhe e trata o lixo em 12 municípios do distrito de Bragança e um da Guarda e que é parceira do projecto Biogasmove.

Os camiões da Resíduos do Nordeste descarregam lixo que é convertido em biogás e, graças à tecnologia de separação de gases da portuguesa Sysadvance (uma spin off da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto), transformado no combustível que é usado por alguns destes veículos.

O projecto, que Nuno Moreira classificou como “inovador a nível mundial”, implicou um investimento de 1,5 milhões de euros, dos quais 70% garantidos pelo Fundo de Apoio à Inovação (financiado pelas contrapartidas dos antigos concursos das eólicas, em que participaram a EDP e a Galp), através do Ministério da Economia.

O “passo seguinte” para o projecto, que por enquanto está em fase de teste, seria “poder colocar este equipamento” num local onde conseguisse abastecer um maior número de veículos. “Talvez junto de um dos nossos postos de abastecimento”, adiantou o gestor, frisando que a Dourogás, que tem sede em Vilar Real, é a maior operadora portuguesa de gás natural veicular (abastece, entre outras, a frota da McDonalds).

O problema, como reconheceu, é que o custo de produção deste biogás ainda não lhe permite ser competitivo face a outros combustíveis. “Bastaria, por exemplo, que fosse isento de ISP” para ajudar a esbater a diferença, disse o gestor ao PÚBLICO, à margem da inauguração. Daí que Nuno Moreira tenha ficado agradado com o que ouviu do secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches, na cerimónia de inauguração da nova unidade. “Parece-me claramente que a mensagem era essa, a de que será isentado no próximo Orçamento do Estado, como já acontece com os outros biocombustíveis”, afirmou Nuno Moreira.

O gestor aproveitou a presença de Seguro Sanches para inaugurar também o novo centro de atendimento ao cliente da Goldenergy, em Mirandela (que tem actualmente 140 trabalhadores e capacidade para chegar aos 200). À margem do evento, Nuno Moreira reconheceu a dificuldade na relação da comercializadora de energia do grupo Dourogás com o operador da rede de distribuição de electricidade, a EDP, e disse ter “grandes expectativas” de que o novo operador logístico de mudança de comercializador (baptizado como Poupa Energia) possa garantir “a verdadeira liberalização do mercado” de electricidade e gás. Já o secretário de Estado da Energia disse esperar que esta nova plataforma tecnológica, que está ser desenvolvida pela Adene – Agência para a Energia, “tenha um protótipo em funcionamento” até ao final do mês de Julho, para que possa “estar a funcionar em pleno até ao final do ano”.

Ana Brito
Jornal Público

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