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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Amêndoas cobertas de Moncorvo nas Memórias Arqueológico-Históricas

Em todas as cidades e vilas do distrito de Bragança, é explorada para consumo local a amêndoa coberta; porém, a especialidade desta indústria em Moncorvo, já desde tempos antigos, que não podemos fixar, com larga exportação para as nossas províncias de Trás-os-Montes, Beiras, Douro e até para a África e Brasil, merece resenha particular.
Actualmente ocupa em média duas ou três mulheres, e dezoito ou vinte no Verão, período das festas religiosas em que há maior consumo.
Fabricam-se em média anual duzentas arrobas (três mil quilos). O quilo da amêndoa grande, quer branca, quer com canela ou outras substâncias aromáticas, custa 600 réis, e 500 réis sendo da pequena.
A amêndoa é primeiramente escaldada, depois descascada e em seguida torrada no forno em latas apropriadas. Finda esta operação, coloca-se em bacias redondas de cobre assentes em grandes alguidares de barro cheios de rescaldo.
É aqui onde pouco a pouco, sempre remexida cuidadosamente pela mulher chamada cobrideira, recebe o açúcar em ponto, lançado em intervalos às colheres de sopa.
A cobrideira ganha por dia 120 a 140 réis, e pode gastar quatro quilos de açúcar diariamente.
Ainda há poucos anos exploravam em larga escala esta indústria em Moncorvo capitalistas como António de Oliveira e outros da mesma vila.
Ao ilustrado abade de Carviçais, José Augusto Tavares, por várias vezes memorado nestas páginas, aqui renovamos o nosso reconhecimento pelos elementos que nos forneceu relativos a esta indústria e à do sabão.

Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança

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