“Novidade” ou melhor ainda “Novidades” são palavras que têm um significado muito importante para quem, com trabalho árduo, vê o resultado desse labor levado a cabo durante dias e dias, semana a semana com todos os cuidados que dizem respeito à faina agrícola, permitindo agora colherem-se as novidades, tantas e tão saborosas. Algumas delas vão servir diretamente as pessoas, agricultores e seus familiares, amigos, mesmo os das cidades, sabedores da qualidade dos produtos naturais das aldeias, das suas aldeias, com os sabores genuínos que não encontram nas grandes superfícies comerciais durante o inverno que se aproxima.
“Novidade” ou “Novidades” são palavras que significam “notícia”, “qualidade de novo”, “raridade”; mas significam também “novos frutos do ano”, “searas” – campos com cereais prontos a alcançar. Estas são as novidades que o pequeno agricultor, o chamado agricultor que pratica a tal agricultura de subsistência, retira para o seu sustento. Na realidade sobrevive, evidentemente sem atingir quaisquer riquezas, mas é detentor de um privilégio inestimável, pois o lucro da sua subsistência é a excelência dos produtos que obtém, nos dias de hoje intensamente procurados nas grandes cidades de todo o mundo, os chamados produtos “Gourmet”, palavra francesa que indica a elevada qualidade e o requinte de produtos para a atividade culinária.
Apresentamos como exemplos o milho, o branco e o amarelo, que depois de moído e cozida a sua farinha dá como resultado a broa de milho, servindo também de alimento ao gado de bico; o feijão, feijões de todas as cores e géneros, por muitos conhecidos apenas nas latas de conservação, já cozidos e salgados; as uvas de todas as castas, ótimas uvas de mesa, moscatel, mourisca, gouveio, praça, formosa e as uvas mais adequadas para o fabrico de bons vinhos; os marmelos – que rica marmelada se confeciona com os marmelos; os pêssegos e tantas outras novidades!
Junte pêssegos aos marmelos, maçãs e peras, partidos aos pedaços. A esta mistura adicione-se açúcar. Em lume branco, o açúcar vai-se liquidificando. Mexe-se de vez em quando até o cozimento e apuramento atingirem o ponto de gosto. Resultado? Uma compota denominada “marmeladão” de cheiro e sabor deliciosos!
A. Fernando Vilela
in:atelier.arteazul.net
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