Helena Freitas, ex-coordenadora da Unidade de Missão para a Valorização do Interior, considera que a estrutura não teve o apoio político que merecia.
A unidade de missão foi criada pelo governo para desenvolver um Programa de Coesão Territorial em 2016, no entanto, passado cerca de um ano e meio Helena Freitas abandonou o lugar porque entendeu que não estava a ser possível concretizar o caminho desenhado pelo programa.
“Penso que não teve o apoio político que justificava. Eu em particular tinha essa expectativa, mas não tive o apoio político que pensava ter, e portanto se eu não tinha, por maioria de razão não tinha a Unidade de Missão, uma vez que era a coordenadora”, salientou.
A doutorada em Ecologia decidiu assim voltar para a Universidade de Coimbra também por sentir “frustração” e mesmo “mágoa” pelo alcance da unidade de missão não ser o esperado:
“Talvez porque tenha percebido muito bem a urgência do problema, a necessidade de o combatermos e como gosto de fazer e de construir… Uma primeira fase do programa é de análise e de construção de um caminho, depois há que o fazer. Quando senti que ele não acontecia como eu queria, de facto senti uma grande frustração e uma enorme mágoa, porque também vejo a urgência dos problemas. Acho que o país tem de ser inteiro”, frisou.
Helena Freitas pensa que por parte do Governo não se olha com atenção suficiente para o papel da Unidade de Missão e para o próprio interior e entende que são necessárias, entre outras, políticas públicas para uma agricultura sustentável, e não compreende como ainda não foram implementadas.
Helena Freitas considera ainda que é possível conciliar uma estratégia de desenvolvimento do território mesmo com baixa densidade populacional.
Declarações de Helena Freitas, ex-coordenadora da Unidade de Missão para a Valorização do Interior acerca dos motivos da sua saída da estrutura, que são excertos de uma entrevista que pode ler no Jornal Nordeste desta semana.
Escrito por Brigantia
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