A VIII Bienal da Máscara - MASCARARTE 2017, arranca este fim-de-semana alargado na cidade de Bragança. O evento começa hoje com a inauguração das Exposições “Antruidos y Mazcaradas Llioneses” e “Mascareto”, seguindo-se a apresentação do Catálogo Mascararte na Sala Miguel de Cervantes do Centro Cultural Municipal Adriano Moreira.
A construção de máscara humana também integra o programa da edição deste ano, sendo uma atividade prevista para o dia 2 de dezembro, sábado, na Praça Professor Cavaleiro Ferreira.
No mesmo dia por volta das 16h30, terá início o desfile de Mascarados pelas Ruas do Centro Histórico, terminando com a “Queima do Mascareto”. Nete desfile participam grupos de gaiteiros e dulcineiros, grupos de caretos, nove grupos de mascarados de León – Espanha (Antruejos de Carrizo de la Ribera, La Zanfarronada de Riello, Loz Zamarrones de Riaño, Los Campaneros de la Cuesta, Cimanes, El Antruejo de Llamas de la Ribera, El Antruejo de Velilla de la Reina, Ponferrada e El Antruejo de Alija del Infantado) e carros de bois das Festas dos Rapazes.
Um novo livro de António Pinelo Tiza, ”A Magia das Máscaras Portuguesas” vai ser lançado na VIII Bienal da Máscara – MASCARARTE, no dia 1 de Dezembro, sexta-feira, às 18:00 horas, em Bragança.
Passados mais de quarenta anos sobre a publicação de Máscaras Portuguesas de Benjamim Pereira, vem agora António Tiza trazer a lume esta obra que dá conta do status quo das festividades tradicionais com máscaras celebradas em Portugal. Foram muitas as transformações ocorridas desde então, insuficientes para pôr em risco de extinção esta riqueza que podemos classificar de Património Cultural Imaterial.
Nos últimos tempos, a temática da máscara tem vindo a afirmar-se de forma sustentável no campo da etnografia, da antropologia, das artes e da sociologia como um dos elementos identitários das comunidades que os mantêm.
O presente trabalho reúne todas as festas tradicionais, cujos mascarados se assumem como protagonistas dos seus rituais emblemáticos, celebradas na entrada no novo ano celta, no ciclo dos doze dias, do Natal aos Reis, no Entrudo e no solstício de junho, de boas vindas ao verão. São festividades vividas intensamente por muitas comunidades tão diferenciadas como o Nordeste Transmontano, a serra da Lousã, o Douro Sul, o Douro Litoral e as áreas litorais da Gândara e do Baixo Vouga, com a máscara, nas suas diversas formas e especificidades, como ícone que a todas identifica.
António Pinelo Tiza é natural de Varge, Bragança. Licenciou-se em Teologia em Bragança e em Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Defendeu a tese de doutoramento em Ciências Sociais na Universidade de Valladolid, com a classificação de “Sobresaliente cum laude”. Foi professor do ensino básico, secundário e superior. É autor de diversas obras que abordam a antropologia regional e que têm como temática as máscaras e os mascarados.
in:noticiasdonordeste.pt
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