segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

A abertura de uma mina a céu aberto em Retortillo preocupa a Associação de Municípios do Douro Superior

A abertura de uma mina a céu aberto em Retortillo, em Espanha preocupa a Associação de Municípios do Douro Superior que quer o assunto debatido na próxima Cimeira Ibérica entre Portugal e Espanha.
No sábado decorreu uma manifestação em Salamanca, contra a abertura das Minas de Urânio de Retortillo, que se encontra a 40 quilómetros da fronteira portuguesa com a presença de Ambientalistas Portugueses e espanhóis que contestaram a construção a céu aberto de uma mina de urânio pela empresa Berkeley.

Artur Nunes, presidente da Assembleia Geral Associação de Municípios do Douro Superior denuncia este facto uma vez que a sua abertura poderá trazer problemas de natureza ambiental.

“Há a intenção da abertura desta mina de urânio, e que nos preocupa a vários níveis. Um deles é a questão ambiental através das poeiras que podem trazer problemas para nós que estamos deste lado da fronteira. Outros dos problemas é a contaminação das águas uma vez que a lavagem e a extracção vai criar problemas para toda aquela região. Estamos a falar por um lado do Parque Natural do Douro Internacional e por outro Reserva da Biosfera e Alto Douro Vinhateiro”, denuncia o autarca.”

Para o autarca do Município de Miranda do Douro este assunto terá de ser debatido na próxima Cimeira Ibérica e acautelado, devido aos perigos ambientais que o projecto representa “é um investimento que deve ser acautelado do lado português no sentido de proteger as populações da fronteira e alertar estas questões para futuro. É uma decisão ao nível ministerial por isso o ministério do ambiente português e espanhol devem conversar sobre esta matéria, sobre o impacto ambiental e todas estas consequências que pode ter para o território português. O ministério do ambiente espanhol deverá ter em conta que deverá ter sempre em conta que deve consultar o lado português” destaca o autarca. 

As Minas de Urânio de Retortillo podem afectar ambientalmente os municípios raianos de Miranda do Douro, Mogadouro, Freixo de Espada à Cinta, Figueira de Castelo Rodrigo, Torre de Moncorvo e Vila Nova de Foz Côa.

Escrito por: Brigantia

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