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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Dizeres e Ditos na Carta Gastronómica de Bragança

Luís Augusto da Silva
Sr. Luís Augusto da Silva, 64 anos, vive em Bragança. 
Deu um testemunho sobre a criação e funcionamento da Taberna dos Pais. Se o Pai geria o negócio, na cozinha mandava a Mãe e a Avó paterna de Luís, Dona Maria Elisa. Além dos petiscos diários, confeccionavam refeições completas, especialmente nos dias de feira. Uma das especialidades na estação e para quem podia pagar era lampreia. As lampreias, tal como as enguias, vinham numas serapilheiras colocadas em cestos, trazidas de comboio pelas mulheres da Barca de Alva.
Fritavam as lampreias e as enguias, sendo expostas na vitrina.


Lucinda da Conceição do Vale Santos
Sr.ª Dona Lucinda da Conceição do Vale Santos, 84 anos, vive em Sortes.
Regava as hortas, tratava dos frangos, ajudava em casa, desde menina. Depois trabalhava nos campos, levavam uma merenda, pão, um bocadinho de centeio, pão de centeio, às vezes ovos. Em casa o bacalhau por ser mais barato comia-se mais vezes, cozinhavam batatas à espanhola, bacalhau com grão-de-bico. Tínhamos sempre bacalhau.
Também comíamos chicharros. Na festa em honra de Nossa Senhora do Rosário era o que tivéssemos de melhor. Na Páscoa folar, frangos (as frangas eram para ovos). Trabalhou no Posto Médico, não era trabalho de caneta, era trabalho de escova e vassoura.
Levava uma merendinha para Rossas, um bocado de pão, presunto, chouriço e um naco de toucinho. O peixe mais gostoso era o chicharro e a sardinha que fritava. O marido sendo caçador trazia muita caça, por essa razão não compravam vitela. Javali já havia, comia-se guisado acompanhado por batatas. Se a caça sobrasse, iam a Bragança vendê-la, o melhor cliente era a família Coelho.

Carta Gastronómica de Bragança
Autor: Armando Fernandes
Foto: É parte integrante da publicação
Publicação da Câmara Municipal de Bragança

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