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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 2 de março de 2018

Não há dinheiro para plantação de sobreiros em Bragança

Ao fim de dois anos, produtores florestais de Bragança ficam a saber que não há dinheiro para florestação com autóctones. Ambientalistas lamentam e dizem que "a realidade desmente a retórica do ministro da Agricultura".
Foto: DR
Dezenas de produtores florestais do distrito de Bragança estão a receber comunicação de não aprovação de candidaturas apresentadas em 2016, para florestação de terras agrícolas com espécies como o sobreiro.

A justificação dada aos produtores assenta na “falta de dotação financeira para esta medida do PDR 2020, Operação 8.1.1. Florestação de Terras Agrícolas e não Agrícolas”.

O Presidente da Núcleo Regional da Quercus de Bragança, Leonel Folhento, manifesta-se desiludido com a situação.

“Os governantes continuam a esquecer os locais mais despovoados do interior”, denuncia o dirigente, defendo que é preciso “apostar forte no sobreiro no castanheiro”.

A Quercus lamenta ainda que “depois de intervenções de altos responsáveis políticos, de todos os quadrantes, prometendo políticas de apoio à economia do interior, travão à desertificação e despovoamento, equilíbrio do território e aposta na floresta autóctone, os factos venham revelar que a aposta ao investimento continua a ser centrada no litoral”.

“É inadmissível que os proprietários florestais de Bragança, que despenderam tempo, energia e dinheiro a submeter as suas candidaturas, vejam agora as suas expectativas defraudadas”, refere a associação ambientalista em comunicado, considerando que “dois anos para obter uma resposta vão muito para além do que é aceitável”.

“Este período demasiado longo gora as espectativas dos produtores e das organizações de produtores florestais que ficam, deste modo, de pé atrás em relação a futuras medidas de apoio”.

Segundo a Quercus, a grande maioria destes proprietários, já com alguma idade, são detentores de mais terrenos arborizados com sobreiros e esta decisão “arrasadora”", em nada anima quem tenta valorizar os terrenos no interior.

Os projetos em causa, agora reprovados por falta de verba, propunham-se plantar maioritariamente sobreiros, mas também outras espécies de floresta autóctone como o castanheiro, pinheiro manso e freixo.

“É incompreensível que vejamos o senhor ministro da Agricultura a prometer milhões todos os dias para a floresta e depois vemos a realidade desmentir esta retórica”, lamentam os ambientalistas.

A Quercus apela, por isso, ao ministro da Agricultura e ao primeiro-ministro para que “façam inverter esta situação e que retirem as verbas destinadas às rearborizações com eucaliptos, para que possam ser viabilizados os projetos com sobreiros e outras autóctones no Interior de Portugal”.

Olímpia Mairos
Rádio Renascença

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