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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 17 de abril de 2018

Banca de Pau: Um espaço 100% transmontano em Lisboa

Dois orgulhosos transmontanos de Mirandela e uma açoriana rendida a Trás-os-Montes resolveram criar em Lisboa uma verdadeira “embaixada transmontana”. João Teixeira Lopes, Sérgio Figueiredo e Sónia Dias levam até à capital o que de melhor se faz na região, não só ao nível dos produtos de excelência que podem ser degustados mas também a cultura. A Banca de Pau é uma mercearia e restaurante que deixa os seus clientes deliciados.
A ideia de representar Trás-os-Montes em Lisboa surgiu há três anos pois sempre entenderam que havia a necessidade de a capital ter acesso aos produtos transmontanos, a juntar a isso está a paixão pela cozinha e pela gastronomia de Sérgio Figueiredo e a produção de mel, azeites, vinagres e vinhos de João Teixeira Lopes.

“A ideia é abarcar um pouco de tudo, não temos limites porque isto é uma mercearia e um pequeno restaurante que vai inovando e já vários clientes transmontanos e não só nos disseram que somos uma embaixada transmontana aqui  em Lisboa e foi sempre essa a nossa ideia, representar a região com orgulho  procurando determinados produtores e fornecedores, seleccionar aqueles que são mais capazes e mais profissionais para ter aqui o melhor”, refere João Teixeira Lopes.

Apesar dos quase 500 quilómetros que separam Trás-os-Montes de Lisboa a Banca de Pau faz questão de ter sempre pão da região para apresentar aos seus clientes, o que por vezes implica um grande esforço.

“Não é fácil e tem um custo elevado o transporte sobretudo para pequenas quantidades e temos que ir buscar ao autocarro o que aqui se torna uma massada por causa do trânsito que por vezes é caótico”, explica o empresário, acrescentando que mesmo assim a acessibilidade evoluiu muito e que “o sistema de logística nacional está melhorar a meu ver e por isso é mais fácil enviar e receber encomendas refrigeradas e nesse sentido tudo cá chega”.

A cidade de Lisboa é cada vez mais uma referência turística mundial o que faz com que entre 60 a 70% dos clientes da Banca de Pau sejam estrangeiros, que não fazem ideia o que é e onde fica Trás-os-Montes. Mas o conceito deste estabelecimento exige apresentar tudo que é vendido, o pão, os azeites, os vinhos etc. “A própria alheira temos que apresentar e estamos sempre a sugerir-lhes para irem visitar. Notamos já uma tendência significativa de gente que vai daqui para o Porto, que vai fazer o cruzeiro no Douro e que por vezes vão a Trás-os-Montes”, frisa João, acrescentando que fazem a divulgação da “nossa região pela qual temos orgulho e amamos naturalmente, dizendo sempre que é uma região única que merece a visita e que ainda não está muito divulgada, que se quiserem paisagem, comida e gente é ali que tem no melhor de Portugal”.

Produtos atractivos
João Teixeira Lopes diz que ao longo destes três anos tem vindo a conhecer cada vez maistransmontanos que apostam na produção de excelência com um design inovador de produtos que embelezam as suas prateleira.

“É cada vez mais evidente que começa a haver mais produtos transmontanos de qualidade com bom aspecto, design profissional que pretendem criar o seu caminho ligados a Trás-os-Montes e ter produtos de boa qualidade”, conta.

A Banca de Pau continua a ser mais frequentada por estrangeiros, no entanto, os portugueses começam a identificar-se cada vez mais com o conceito.

“Os portugueses são pouco reaccionários à descoberta de novas coisas e depois também estranham por vezes o preço por ser um pouco mais alto esquecendo-se que toda a logística tem um preço, as rendas triplicam entre outras coisas”, frisa o proprietário.

A Banca de Pau pretende ter sempre os melhores produtos, sabendo que o foco será sempre na qualidade e não na quantidade.

“Não pretendemos ir pela quantidade e sim qualidade, pela excelência, e não ter um turismo de massas mas sim de qualidade em que procuram aquilo que temos para oferecer e o que me parece que cada vez a mais pessoas estão viradas para isso. Nós temos que fazer tal como o Alentejo e o Algarve, fazer o nosso caminho que tem de ir pela qualidade e pela humanidade que nós lá em cima temos de uma forma bem vincada e que todo o mundo deveria ter acesso a ela e também a nossa riqueza cultural e social”, conclui João Teixeira Lopes, dizendo que quando chegou a Lisboa para estudar na universidade sempre que lhe perguntavam de onde vinha sempre disse: de Mirandela com orgulho.

Neste espaço encontra todo o tipo de enchidos transmontanos, hortaliças, azeites, vinagres, compotas, mel, pão, queijos e muito mais. Não só produtos gastronómicos mas também as famosas máscaras transmontanas e fatos dos caretos de Podence. Livros de autores transmontanos também são comercializados neste local.

Por Cátia Barreira
Revista Raízes

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